Partidos não se entendem em freguesia no Marco de Canaveses para formar executivo
Porto Canal / Agências
Marco de Canaveses, 12 fev (Lusa) - Três assembleias da União de Freguesias de Bem Viver, no Marco de Canaveses, foram insuficientes para formar o órgão executivo, por falta de acordo entre os partidos, disse hoje à Lusa o presidente eleito.
O social-democrata Joaquim Oliveira, que encabeçou a lista mais votada, mas sem maioria, explicou que as duas forças da oposição, nas várias assembleias, têm chumbado as propostas apresentadas pela lista mais votada nas autárquicas de 29 de setembro, o que significa que a junta se mantém em gestão corrente.
O PSD tem quatro lugares na assembleia de freguesia, o movimento independente "Bem Viver Positivo" conta com três e o PS dois.
"Reuni com os outros candidatos, mas ainda não foi possível chegar a um acordo", lamentou o autarca, criticando a oposição por exigir os lugares de secretário e tesoureiro.
Joaquim Oliveira disse estar disposto "a chegar a um acordo para bem da população da freguesia", admitindo que o PSD abdique do cargo de secretário e da presidência da assembleia de freguesia.
A freguesia de Bem Viver resulta da união de freguesias de Ariz, Favões e Magrelos, num total de 3.450 eleitores.
Nas circunstâncias atuais, a junta funciona em gestão corrente, estando impedida de fazer investimentos.
"Só posso pagar a água e a luz", comentou.
O presidente eleito disse à Lusa que, face à falta de acordo entre as forças políticas, há o risco de a situação se prolongar por todo o mandato, o que é "muito prejudicial" sobretudo para as antigas freguesias de Favões e Magrelos, que são mais pequenas do que Ariz.
Sobre a atual situação, Cristina Vieira, presidente da Comissão Política Concelhia do PS, propõe a "constituição de um executivo liderado pelo presidente social-democrata, cabendo os cargos de secretário e tesoureiro às restantes forças com assento na assembleia.
O PS também exige que os dois secretários da assembleia de freguesia sejam confiados à oposição, ficando a presidência da mesa com o PSD.
APM // MSP
Lusa/fim