Síria: Província de Idlib fica sob o controlo total de 'jihadistas" após acordo

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Porto Canal com Lusa

Beirute, 10 jan (Lusa) -- Os extremistas Hayat Tahrir al-Cham (HTS), antigo ramo sírio da Al-Qaida, assinaram um acordo de cessar-fogo com outros grupos rebeldes, permitindo-lhes assumir o controlo total da província síria de Idlib, informou o órgão de propaganda do HTS.

O acordo encerra vários dias de confrontos entre o HTS e os rebeldes, incluindo a Frente Nacional pela Liberdade (FNL), uma coligação apoiada pela Turquia.

Localizadas no noroeste da Síria, a província de Idlib e outras partes das províncias vizinhas de Aleppo, Hama e Latakia estão fora do controlo do regime do Presidente sírio, Bashar al-Assad, e abrigam uma variedade de grupos rebeldes e 'jihadistas'.

Nos últimos dias, os jihadistas do HTS tinham lançado um ataque contra as fações rebeldes, tendo feito mais de 130 mortos, e assumiram o controlo de cinquenta cidades e aldeias, especialmente no oeste da província de Aleppo, um setor inteiramente nas mãos do HTS.

Na manhã de hoje, "a HTS e a FNL assinaram um acordo para o fim das hostilidades e para o estabelecimento do controlo do governo de salvação para todos" em Idlib, anunciou o portal Ebaa, órgão de propaganda do HTS.

Este "governo de salvação" é uma administração local instaurada pela HTS.

De acordo com o Observatório Sírio para os Direitos Humanos (OSDH), sediado no Reino Unido e que tem uma extensa rede de fontes na Síria, o acordo de hoje passa toda a província de Idlib para o controlo administrativo da HTS.

Outros grupos 'jihadistas', como o Houras al-Din e o Partido Islâmico do Turquestão (PIT) também estão presentes na região de Idlib, mas estes são aliados do HTS, disse o diretor do OSDH, Rami Abdel Rahman.

A 17 de setembro de 2018, Moscovo e Ancara chegaram a um acordo sobre o estabelecimento de uma "zona desmilitarizada" na província de Idlib e áreas adjacentes.

Essa iniciativa previa o estabelecimento de uma zona tampão para separar setores insurgentes de regiões governamentais adjacentes e, assim, evitar uma grande ofensiva do regime sírio e do seu aliado russo.

Este acordo foi, no entanto, apenas parcialmente respeitado, com os 'jihadistas' a recusarem retirar-se da área de separação.

A guerra na Síria eclodiu em 2011 após a repressão do regime aos protestos pró-democracia. Tornou-se mais complexo ao longo dos anos com o envolvimento de grupos 'jihadistas' e potências estrangeiras. O conflito já custou mais de 360.000 vidas.

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