Transações de escritórios em Lisboa caem 24% em 2013 - Cushman&Wakefield
Porto Canal / Agências
Lisboa, 11 fev (Lusa) - O número de transações no mercado dos escritórios de Lisboa registou uma queda de 24% em 2013 face ao ano anterior, tendo sido efetuadas 185 transações, numa área total de 77.800 metros quadrados, segundo um estudo hoje conhecido.
No estudo 'MarketBeat Portugal', hoje publicado, a Cushman&Wakefield refere que a taxa de desocupação dos escritórios da zona de Lisboa "corrigiu face a 2012", argumentando que "a crise económica forçou as empresas a otimizarem os seus custos".
O mercado dos escritórios de Lisboa registou, em 2013, os níveis mais baixos de procura desde que há registos, segundo a consultora Cushman & Wakefield, com uma taxa de desocupação de 12,2%, de acordo com a consultora especializada em serviços de imobiliário.
"Prevê-se que ao longo de 2014, a recuperação da conjuntura económica nacional venha a ter um impacto gradual e positivo na procura, sustentado por um maior movimento no mercado, inclusive de alguns processos de maior dimensão. Relativamente às rendas, antecipa-se uma manutenção das mesmas, embora os custos de ocupação devam vir a aumentar por via de uma progressiva diminuição dos incentivos oferecidos pelos proprietários", refere a consultora.
No segmento residencial, a Cushman&Wakefield refere que houve "alguma melhoria" em 2013, mas alerta que as perspetivas para este ano são marcadas pela incerteza.
O recente aumento das compras de casa sem recurso a empréstimo bancário, essencialmente por parte de investidores privados e parcialmente justificado pelo efeito dos 'vistos golden', deverá repetir-se ao longo de 2014.
"Contudo, a procura motivada por este tipo de negócios não tem ainda dimensão para provocar a retoma do mercado no seu todo. A compra de habitação com recurso a crédito é ainda o principal motor da procura no mercado residencial urbano, e a sua retoma apenas poderá acontecer de forma sustentada com o regresso de condições de financiamento acessíveis às famílias portuguesas", lê-se no documento.
Em relação aos investidores institucionais, a consultora entende que as perspetivas para 2014 "são positivas, ainda que limitadas pelo enquadramento de crise em que Portugal ainda se encontra" e antecipa "uma confirmação do regresso dos investidores institucionais, bem como a manutenção, possivelmente com maior dinamismo, do interesse de investidores privados".
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