BE questiona Governo sobre falta de meios para extinguir combustão no Pejão
Porto Canal com Lusa
Castelo de Paiva, 04 jan (Lusa) - O Bloco de Esquerda (BE) perguntou hoje ao Governo porque não afetou mais meios para extinguir a combustão que se observa há mais de um ano nas escombreiras das antigas minas do Pejão, em Castelo de Paiva.
Numa exposição dirigida ao ministro da Economia, o deputado Moisés Ferreira quis saber as medidas tomadas "para que, no mínimo, se dupliquem os meios no terreno, de forma a conseguir uma extinção do incêndio mais rápida e com menos consequências para a população" e porque não "foram alocados mais meios logo no início das operações".
O parlamentar do BE eleito pelo distrito de Aveiro recorda que visitou o local, na freguesia de Pedorido, em dezembro, onde constatou a situação que disse preocupar a população.
"Desde os incêndios de outubro de 2017 que nesta zona continua a lavrar um incêndio subterrâneo que vai consumindo resíduos de carvão. São cerca de 180 mil metros cúbicos de material em combustão, com vários metros de profundidade e a temperaturas que atingem e em alguns casos ultrapassam os 700 graus centígrados", recorda o deputado.
Moisés Ferreira reafirma que a situação merece preocupação," porque a emissão de gases e a dispersão de cinzas provenientes da combustão pode ter impactos na saúde da população", mas também, assinalou, "porque se o incêndio não for dominado pode atingir dimensões de catástrofe uma vez que existem na zona veios de carvão que se forem atingidos entrarão também em combustão".
Naquela iniciativa parlamentar à qual a Lusa teve acesso, o Bloco de Esquerda pergunta também a razão pela qual a empresa responsável pela operação (Empresa de Desenvolvimento Mineiro, S.A.) "não atuou no local logo a seguir aos incêndios de outubro de 2017 e para quando prevê aquela empresa estatal que o incêndio em causa estará extinto".
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