Bolsonaro deve dar prioridade ao combate à corrupção e à violência

| Mundo
Porto Canal com Lusa

Brasília, 01 jan (Lusa) -- Brasileiros ouvidos pela Lusa em Brasília defendem que as primeiras medidas do novo Presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, devem ser acabar com a corrupção ou combater a violência no país.

Em declarações à agência Lusa em frente ao Palácio do Planalto, em Brasília, Rafael Souza Coelho, um fisioterapeuta de Roraima, defendeu que a primeira medida de Bolsonaro deve ser "acabar com a corrupção".

"A corrupção acaba com todas as áreas do nosso país, o dinheiro não chega para a saúde e a educação por causa da corrupção", considerou o brasileiro de 34 anos, acrescentando que este fenómeno está enraizado em todo o país.

"A corrupção não está só aqui em Brasília. Está enraizada nos municípios e estados. O dinheiro sai daqui e quando chega aos estados e cidades é desviado", disse.

Por seu lado, a corretora de imóveis Ruth Andresa Rocha de Sousa, de Fortaleza, capital do Ceará, defendeu que a primeira medida do novo Presidente do Brasil deve ser "dar um jeito de combater a violência", porque "este é atualmente o principal problema do Brasil".

"Sou de Fortaleza e a minha cidade é a sétima cidade mais violenta do mundo", disse a brasileira, de 20 anos.

Já Gênova susy, 52 anos, relações públicas que mora em Recife, capital de Pernambuco, considerou que a primeira medida de Jair Bolsonaro deve ser "tirar todos os 'petistas' do poder", referindo-se aos membros e apoiantes do Partido dos Trabalhadores (PT), do ex-Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, condenado a mais de 12 anos de cadeia por corrupção.

Esta brasileira defendeu que esta "limpeza", sobretudo dos envolvidos na Lava Jato, um megaprocesso judicial contra a corrupção, deve ocorrer "em todas as instituições, do Palácio do Planalto até ao órgão e cargo mais elevado do Governo porque os 'petistas' estão infiltrados".

Filipe José Pereira, estudante de Natal, capital do Rio Grande do Norte, referiu que o mais urgente no país é "fazer alterações no sistema de pagamento de pensões por reforma porque o Brasil tem um rombo enorme, uma divida grande".

"Eu não tenho certeza se ele [Bolsonaro] fará esta mudança, mas espero que ele faça", disse o estudante, de 20 anos.

O combate à violência e à corrupção dominaram os discursos de campanha de Bolsonaro e foram temas abordados também hoje no seu discurso de tomada de posse como 38.º Presidente do Brasil.

Segundo o Anuário Brasileiro de Segurança Pública, o Brasil teve 63.880 mortes violentas em 2017.

Na segunda-feira, terminou a intervenção federal na segurança do Rio de Janeiro, que era garantida pelo Exército, conforme um decreto assinado pelo ex-Presidente Michel Temer.

CYR/VM // PJA

Lusa/Fim

+ notícias: Mundo

Entra no mar em Espanha para resgatar jovem e morrem os dois 

Quatro pessoas morreram depois de terem caído ao mar em três acidentes nas costas atlântica e mediterrânica de Espanha, disseram os serviços de emergência espanhóis. As mortes ocorreram quando as autoridades espanholas emitiram avisos de ventos fortes e chuvas generalizadas em muitas partes do país.

Xiaomi vendeu 50 mil carros elétricos em 27 minutos

A tecnológica chinesa Xiaomi anunciou esta sexta-feira a venda dos primeiros 50 mil veículos elétricos 27 minutos depois do lançamento oficial do "desportivo de alto desempenho e tecnologia verde", com o qual se estreou no setor.

Ex-membro da máfia de Nova Iorque escreve livro dirigido a empresários

Lisboa, 06 mai (Lusa) -- Louis Ferrante, ex-membro do clã Gambino de Nova Iorque, disse à Lusa que o sistema bancário é violento e que escreveu um livro para "aconselhar" os empresários a "aprenderem com a máfia" a fazerem negócios mais eficazes.