"A noite antes da floresta" vai ser no Teatro da Politécnica em Lisboa

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Porto Canal com Lusa

Lisboa, 11 dez (Lusa) -- Os excluídos e marginalizados da sociedade são a base da peça "A noite antes da floresta", do dramaturgo francês Bernard-Marie Koltès, que o Teatro Estúdio da Fontenova apresenta de quarta-feira a sábado, no Teatro da Politécnica, em Lisboa.

Apesar de ter sido escrita em 1977 para o Festival de Avignon, esta peça mantém-se atual, recorda a companhia, uma vez que fala de todos os grupos da sociedade que, de uma forma ou de outra, se encontram marginalizados, disse à agência Lusa o encenador.

"Imigrantes, indigentes, homossexuais, desempregados, refugiados.... Todos se podem rever nesta peça do dramaturgo francês dado que, de uma forma ou de outra, todos são obrigados a deslocarem-se em busca de uma vida melhor ou de serem menos marginalizados pela sociedade", frisou o encenador José Maria Dias.

"A atualidade do texto reside no facto de ele falar de tudo aquilo que atualmente sabemos que existe na sociedade e o que é impressionante é que 41 anos depois de ter sido escrito se mantém cada vez mais atual", frisou.

E não só atuais como, "acima de tudo, estas questões que Koltès aborda nesta peça acabaram por se agravar nos nossos dias", disse.

Apesar de a peça ter sido estreada em 2008, em Portugal, o Teatro Estúdio da Fontenova, com sede em Setúbal, tem reposto esta obra por ter sido a companhia que apresentou o texto pela primeira vez, em Portugal, e porque tem sido um espetáculo com muita procura, já que reflete problemas atuais, referiu ainda José Maria Dias.

A obra, segundo a apresentação, no 'site' da companhia Artistas Unidos, que recebe a encenação no Teatro da Politécnica, "é uma descida aos infernos, é a voz de um emigrante, de um marginal, de um excluído". "Não sabemos o seu nome, nem quem é, somente que está sozinho e que fala, fala sem parar. Um vigoroso grito de amor que se perde numa noite fria e chuvosa".

"A noite antes da floresta" tem tradução de Eduardo Dias, que também interpreta.

Os figurinos são de Graziela Azenha Dias, a banda sonora de Leonardo Silva e Pedro Angelino e a encenação, espaço cénico e desenho de luz de José Maria Dias.

A peça é representada às 19:00 na quarta-feira, às 21:00 na quinta e sexta-feira, e ao sábado tem duas representações: às 16:00 e às 21:00.

CP // MAG

Lusa/fim

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