Médicos do Mundo lança campanha "Vírus Eva" pelas mulheres de todo o mundo

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Porto Canal com Lusa

Redação, 11 dez (Lusa) -- As mulheres têm uma esperança média de vida superior aos homens, mas pior saúde, estão mais expostas a agressões físicas ou sexuais, à pobreza ou à guerra, um "vírus" contra o qual os Médicos do Mundo lançaram uma campanha.

A campanha foi lançada hoje e através dela a organização Médicos do Mundo quer chamar a atenção para a "doença social" que afeta as mulheres pelo simples facto de serem mulheres e que faz com sejam elas as mais expostas a infeções por transmissão sexual ou à violência física ou sexual.

De acordo com os Médicos do Mundo (MdM), cerca de 35% das mulheres em todo o mundo já sofreram ou correm o risco de sofrer agressões físicas ou sexuais, sendo que estas têm 16% mais probabilidade de ter um bebé com baixo peso e duas vez mais hipóteses de sofrer um aborto.

A organização não governamental (ONG) alerta que "a guerra é mais dura com elas, o desemprego é mais duro com elas, a pobreza é mais dura com elas": "Portanto, a sua saúde é afetada de maneira permanente".

Acrescenta que se trata de um "problema silencioso", mas com "dimensões de pandemia" por causa do seu caráter global, pelo seu alcance e porque afeta milhões de mulheres de todas as gerações.

"Se fosse um vírus, estaríamos na fase 6 de alerta e teríamos dimensões de pandemia. Se fosse um vírus, podia chamar-se Eva", destaca a campanha dos MdM, que se chama, por isso mesmo, Vírus Eva.

Através desta campanha, os Médicos do Mundo pedem à Organização Mundial de Saúde (OMS) que combata este vírus como se de uma pandemia se tratasse, "que põe em risco a saúde de 3,7 milhões de pessoas".

O pedido foi também feito por escrito, numa carta em que a organização pede à OMS que mova todos os seus recursos e esforços para fazer frente às consequências e desigualdades e ao impacto que isso tem na saúde das mulheres, promovendo uma saúde pública com enfoque no género e que vá ao encontro das necessidades que as mulheres têm ao longo da vida.

A campanha salienta que a saúde mental das mulheres está intimamente ligada às violências que sofrem e com as barreiras que encontram para encontrar cuidados de saúde.

De acordo com a ONG, as lesões autoinfligidas, incluindo o suicídio, foram a segunda causa de morte em 2015, entre as mulheres com idade entre os 15 e os 29 anos, em todo o mundo.

No que diz respeito aos riscos da gravidez e do parto, mais de 800 mulheres morrem, por dia, por causas previsíveis relacionadas com esta etapa da vida, cerca de 300 mil por ano. Depois da gravidez, uma em cada cinco mães passa por transtornos de ansiedade.

Por outro lado, a mutilação genital feminina, presente em mais de 30 países, põe em risco a saúde e a vida de muitas mulheres. As mulheres são também as principais vítimas dos casamentos forçados em menores.

Em matéria laboral, a ONG refere que as mulheres têm mais probabilidade de sofrer uma doença mental na sequência do trabalho que fazem.

SV // PMC

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