Greve paralisou Metro do Porto com adesão de "98 a 99%"

| Norte
Porto Canal com Lusa

A greve desta segunda-feira dos "cerca de 200" profissionais da ViaPorto ao serviço da Metro do Porto teve uma "adesão entre os 98% e os 99%", levando a uma paralisação quase total, segundo o sindicato.

Atualizado 11-12-2018 11:30

Em declarações à Lusa, Rui Pedro Pinto, do Sindicato Nacional dos Maquinistas, explicou que "o metro não está a circular" a não ser "no troço entre a Póvoa de Varzim e a estação Fonte do Cuco [na zona da Senhora da Hora, concelho de Matosinhos]", onde estão a operar "duas a três composições, de hora a hora".

Contactada pela Lusa, fonte da Metro do Porto explicou hoje que estas composições que circulam naquele troço da Linha da Póvoa "são conduzidas por agentes que não aderiram à greve".

Segundo o sindicalista, "não há, no momento, nenhuma reunião agendada para retomar as negociações com a administração", pelo que se mantêm a previsão de greve total nos dias 17 e 31 de dezembro, bem como a greve ao "trabalho extraordinário" que começou hoje e se prolonga até 06 de janeiro, com previsão de "forte impacto" na circulação do Metro.

"Diariamente, são precisas 10 a 15 pessoas para fazer, cada uma, um turno extra. A partir de dia 17, entram 15 trabalhadores de férias. Com a greve às horas extra, serão ainda menos 10 a 15 trabalhadores a fazer turnos extra, pelo que esta greve também vai ter impacto", explicou Rui Pedro Pinto.

Questionado sobre a circulação do metro entre a Póvoa de Varzim e a Fonte do Cuco, o Sindicato dos Maquinistas referiu tratar-se de uma "opção de gestão da empresa ViaPorto".

Fonte da Metro do Porto disse no domingo à Lusa que a rede daquele meio de transporte encerrava às 00:00 de hoje até às 06:00 de terça-feira, "devido à greve dos agentes de condução", a primeira paragem da operação em 16 anos de existência, e por não terem sido "decretados serviços mínimos".

De acordo com o sindicalista Rui Pedro Pinto, os profissionais ao serviço da Metro do Porto reclamam uma "redução do horário normal de trabalho de 40 para 35 horas".

A isto, soma-se a reivindicação da admissão de "20 a 30 novos trabalhadores" para "colmatar as horas extras" pedidas aos funcionários "quase diariamente".

Os trabalhadores pedem ainda o "direito a férias" que não "conseguem gozar" devido à necessidade de cumprirem trabalho extra, diz Rui Pedro Pinto.

Segundo o sindicalista, os funcionários da ViaPorto pedem também a "formação" a que têm direito e que "a empresa não consegue dar há cerca de oito anos", por "falta de tempo disponível dos trabalhadores".

Rui Pedro Pinto admite estar também em cima da mesa de negociações um "aumento salarial", mas recusa que seja o "fator mais importante".

"Nem temos um valor definido [para o aumento salarial]. Esta questão complementa-se com as restantes", justificou.

A paralisação de 24 horas dos condutores afetos à ViaPorto, empresa que tem a concessão da operação da Metro do Porto, foi convocada pelo Sindicato dos Maquinistas.

A rede do Metro do Porto conta com seis linhas, servindo sete concelhos da Área Metropolitana do Porto.

A Metro do Porto refere que 9.000 pessoas podem ser transportadas por hora em cada linha.

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