Festival Bons Sons atraiu público de vários paises e movimentou quatro milhões de euros

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Porto Canal com Lusa

Cem Soldos, Santarém, 03 dez (Lusa) - A edição 2018 do Festival Bons Sons teve um impacto económico na ordem dos quatro milhões de euros e atraiu a Cem Soldos, Tomar, festivaleiros de 88 concelhos de Portugal e de mais seis países, revelou a organização.

O estudo de análise do público do festival, realizado na aldeia de Cem Soldos, no concelho de Tomar, atribuiu ao evento "benefícios económicos e sociais" para a região, na ordem dos "quatro milhões de euros", divulgou hoje o Sport Clube Operários de Cem Soldos, organizador do Bons Sons.

O evento, que este ano decorreu entre os dias 09 e 12 de agosto, recebeu 38.500 visitantes "de várias geografias e diferentes idades", para assistir aos 52 espetáculos e dezenas de atividades que, ao longo de quatro dias, transformaram Cem Soldos no recinto do festival.

"Houve visitantes de mais de 88 concelhos nacionais e de seis países", revelou o estudo, especificando que o público de além-fronteiras foi oriundo de países como a Alemanha, Dinamarca, Espanha, França, Reino Unido e Brasil.

A região Centro do país é "a mais expressiva", concentrando 54,8% dos visitantes, seguida das regiões do Médio Tejo (30%), de Lisboa e Vale do Tejo (25,3%) e da região Norte, com 14,8%.

Os 38.500 festivaleiros "acolhidos por uma equipa alargada de 430 pessoas", englobaram, segundo o estudo, "diferentes gerações", tendo sido recebidas pessoas "dos seis aos 71 anos".

A categoria mais expressiva inclui jovens entre os 17 e os 26 anos (44%), mas, mais de metade dos visitantes foi composta pelas faixas dos 27 aos 36 anos e pela faixa de maiores de 36 anos.

Os festivaleiros deslocaram-se a Cem Soldos maioritariamente em grupos de "cinco ou mais pessoas", sendo também numerosos os grupos de "três a quatro pessoas" e os "pares", segundo o estudo.

Cerca de 10% dos visitantes questionados "vieram acompanhados por crianças" e, no recinto, concentraram-se tanto "estreantes" como "conhecedores do festival", tendo "99% dos inquiridos declarado a intenção de retornar ao festival".

Em termos económicos a dinâmica gerada pelo festival, e estimada na ordem dos quatro milhões de euros, repercutiu-se em "receitas de cerca de 200 mil euros para o setor hoteleiro da região".

O estudo aponta ainda para uma despesa média "de 132,85 euros de gastos na economia local por cada visitante não residente no concelho".

Em temos mediáticos, segundo o estudo, o festival gerou cerca de 1000 notícias, "que chegaram a aproximadamente um quarto da população portuguesa, produzindo um impacto mediático estimado em mais de 2,4 milhões de euros".

No início de novembro, a organização do festival, que no próximo ano se realiza de 08 a 11 de agosto, anunciou uma redução da lotação do evento para 35 mil pessoas, "para proporcionar ao público e à aldeia a melhor experiência possível", disse à agência Lusa o diretor artístico, Luís Ferreira.

A limitação prende-se, explicou Luís Ferreira, "com a genética do festival que pretende potenciar uma vivência diferente, quer para o público quer para a própria aldeia", e se recusa a "seguir pelo caminho que normalmente segue a indústria criativa tornando-se um evento massificado".

A cumprir a sua 10.ª edição, o festival antecipa também este ano o arranque da venda dos bilhetes que, todos os anos, são disponibilizados por várias fases, ao longo das quais o preço aumenta.

A primeira fase, com o passe de quatro dias a 30 euros, vai decorrer até ao dia 31 de dezembro. A segunda fase decorrerá de janeiro a março, com os passes a 35 euros. Na terceira, de abril a julho, os passes custarão 45 euros e, daí para a frente, até à data do festival, o preço subirá para 50 euros.

Os bilhetes de cada fase têm um número de unidades limitado e "podem esgotar antes de terminar cada uma das fases", alertou Luís Ferreira, sublinhando que sempre que "os números de bilhetes de uma fase esgotem, passam a vigorar os valores da fase seguinte". Já o bilhete diário custará, entre abril e julho, 22 euros e, entre julho e agosto, 25 euros.

O Festival Bons Sons é organizado desde 2006 pelo Sport Club Operário de Cem Soldos e manteve-se bienal até 2014, após o que passou a realizar-se anualmente.

DYA // MAG

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