Acidente/Borba: Inquérito do Ministério Público prossegue com monitorização constante

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Porto Canal com Lusa

Borba, Évora, 30 nov (Lusa) - O inquérito do Ministério Público ao acidente em pedreiras de Borba, que causou pelos menos quatro mortos e um desaparecido, está numa fase preliminar, mas inclui uma monitorização constante, revelaram hoje à agência Lusa fontes ligadas ao processo.

De acordo com as mesmas fontes, a investigação acompanha em permanência o evoluir da situação, como o resgate hoje dos corpos de mais duas vítimas mortais, que seguiam numa das duas viaturas que foram arrastadas para dentro de uma pedreira no momento do colapso estrada perto daquela cidade alentejana.

O inquérito instaurado pelo Ministério Público (MP) ao acidente, ocorrido na tarde do dia 19 deste mês, é dirigido pelo Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Évora, que é coadjuvado por duas equipas da Polícia Judiciária (PJ), uma delas do Laboratório de Polícia Científica (LPC).

Há um acompanhamento em permanência daquilo que vai surgindo, disseram as mesmas fontes, referindo que as averiguações se estendem tanto às pedreiras atingidas, como ao colapso do troço da estrada municipal 255.

As mesmas fontes escusaram-se a adiantar mais pormenores por o processo estar em segredo de justiça.

O inquérito foi instaurado pelo MP para "apurar as circunstâncias que rodearam a ocorrência", segundo a Procuradoria-Geral da República (PGR).

Na sequência das operações de busca, foram hoje resgatados os corpos da terceira e quarta vítimas mortais, no interior de uma carrinha de caixa aberta retirada de dentro da pedreira, continuando desaparecido um homem de 85 anos, de Alandroal, cujo automóvel que conduzia também foi arrastado no momento do colapso da estrada.

A Proteção Civil assegurou que vai prosseguir o trabalho de deteção daquilo que "poderão ser todas as estruturas metálicas que tenham uma forma parecida com uma viatura", através dos equipamentos remotos da Marinha e dos mergulhadores, além de continuarem as operações de drenagem de água da pedreira.

Os corpos das segunda e terceira vítimas mortais foram hoje resgatados da pedreira mais profunda, que se encontra "em suspensão de lavra" (sem atividade), para onde foram arrastadas duas viaturas, a carrinha e um automóvel, que seguiam na estrada no momento da derrocada.

Os cadáveres, que vão ser autopsiados nos serviços de Medicina Legal de Évora, são de dois homens, cunhados, um de 53 e outro de 37 anos, residentes em Bencatel, no concelho de Vila Viçosa, que se deslocavam para Borba na carrinha de caixa aberta e de cor cinzenta quando a estrada ruiu.

O deslizamento de um grande volume de rochas, blocos de mármore e terra e o colapso de um troço de cerca de 100 metros da estrada 255, entre Borba e Vila Viçosa, para o interior de duas pedreiras contíguas ocorreu às 15:45 do dia 19 deste mês.

Os dois trabalhadores da empresa de extração de mármores da pedreira que estava ativa foram as primeiras duas vítimas mortais recuperadas: o maquinista da retroescavadora, de 50 anos, foi resgatado no dia seguinte ao acidente e o auxiliar da máquina pesada, de 57 anos, no dia 24.

O Governo pediu uma inspeção urgente ao licenciamento, exploração, fiscalização e suspensão de operação das pedreiras situadas na zona de Borba.

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