OE2019: PSD acusa Governo de ter feito "um orçamento mentiroso"

| Política
Porto Canal com Lusa

Lisboa, 29 nov (Lusa) -- O PSD acusou hoje o Governo de ter elaborado o Orçamento do Estado para 2019 com base "em mentiras", considerando que não foi revelado o valor do défice real e que o documento será alterado por via das cativações.

"Um Orçamento mentiroso, porque afinal o défice orçamental foi reiteradamente escondido ao longo deste debate", acusou o deputado e vice-presidente da bancada do PSD Adão Silva, na intervenção de encerramento do debate do Orçamento do Estado para 2019, em que foi aplaudido de pé no final pela sua bancada.

Por outro lado, acrescentou, este é "um Orçamento com mentiras porque, pela via das cativações, nas costas dos deputados e dos portugueses e no secretismo dos gabinetes do primeiro-ministro e do ministro das Finanças será ajustado, reajustado, cortado e recortado, a seu jeito e proveito".

"Se, como dizia o primeiro-ministro, 'um orçamento sem cativações é um carro sem travões', exige-se que o primeiro-ministro vá rapidamente à oficina, porque ficou com os calços dos travões colados. É veículo que não sai do sítio, por mais que acelere. Faz barulho, muito barulho, mas permanece parado no mesmo lugar", ironizou.

Adão Silva salientou que entidades independentes como a Unidade Técnica de Apoio Orçamental ou o Conselho das Finanças Públicas já alertaram para discrepâncias ou falta de transparência no documento.

"Banalidades, contestará o primeiro-ministro (...). Para António Costa tudo está no melhor dos mundos. Quem há de gabar a louça se não for o louceiro?", questionou.

O deputado disse-se espantado que BE e PCP "não se incomodem com estes exercícios enganadores": "São enganados, mas batem palmas. São ludibriados, mas não protestam", apontou.

Além da "marca da ilusão", Adão Silva acusou ainda o OE2019 de ter a "marca do eleitoralismo mal disfarçado".

"Uns, como o BE e o PCP levantam cartazes em praças e avenidas. O primeiro-ministro, mais intimista, faz comícios à conta do erário público. Todos com o mesmo propósito: caçar votos", criticou.

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