Portuguesa Energie quer exportar 250 mil euros para a Coreia do Sul este ano

| Economia
Porto Canal / Agências

Porto, 07 fev (Lusa) - A empresa portuguesa Energie, especializada no fabrico painéis solares termodinâmicos, vai apostar no reforço das exportações para o mercado sul coreano, onde se estreou em 2013 e prevê faturar 250 mil euros este ano.

"Fizemos um estudo de mercado que identificou o mercado sul coreano como um dos mais desenvolvidos da região asiática, com um poder de compra elevado, consciência ecológica e uma economia verde baseada nas energias renováveis. Portanto, foi identificado como um mercado com grande potencial para os nossos produtos", afirmou o responsável pelos mercados de exportação da Energie em declarações à agência Lusa.

De acordo com Tiago Costa, o investimento inicial de 50 mil euros feito em 2013 em prospeção, investigação & desenvolvimento e marketing na Coreia do Sul "provou já ter sido uma boa aposta": "Exportámos cerca de 200 mil euros para lá no ano passado e devemos crescer, este ano, entre 20 e 25%", referiu.

Conforme explicou, a entrada no mercado sul coreano exigiu algum "trabalho de casa", pois foi necessário "adequar a gama Energie aos regulamentos locais e às necessidades dos consumidores coreanos, que são diferentes das dos europeus".

Uma aposta que a empresa da Póvoa de Varzim considera, contudo, justificar-se, já que a Coreia do Sul quer assumir-se como "um dos principais países exportadores no setor das energias renováveis" e está, por isso, "empenhada em criar um clima favorável a este tipo de tecnologias".

A Coreia do Sul vem juntar-se aos cerca de 40 países para onde a Energie exporta anualmente 90% da produção, que, em 2013, rondou os 10 milhões de euros.

Segundo Tiago Costa, Inglaterra, França e Itália são os três principais destinos das exportações da empresa, que tem apostado na diversificação de mercados e vende também para países como Espanha, África do Sul, Nova Zelândia e Austrália.

"Estamos a ultimar a certificação para entrar em força no mercado norte-americano, onde nos estreámos muito timidamente", adiantou o responsável, revelando ter já várias "pré-encomendas" formalizadas cuja concretização depende da conclusão do processo, que é habitualmente "muito difícil porque os mercados protegem-se muito".

"Mas esperamos dentro de cerca de um mês, no máximo, ter a certificação e estar a vender com força para o mercado dos EUA", revelou.

Na mira da Energie, que se lançou na internacionalização há cerca de sete anos, estão também países como o Canadá, para onde as vendas são hoje residuais, e o Chile e o Uruguai, para onde a empresa já exporta, mas quer "reforçar a posição".

"No Brasil não estamos porque os impostos são altíssimos e, na Europa, também queremos reforçar alguns mercados onde temos alguma hipótese de aumentar o volume de vendas, como a Alemanha, a Itália e a Polónia", adiantou.

Em Portugal, onde a atividade da Energie estava limitada dadas as dificuldades de integração no Sistema Nacional de Certificação Energética (SNC), a publicação do decreto-lei 118/2013 (que visa o reforço da promoção do desempenho energético nos edifícios) permitiu já o enquadramento dos painéis solares termodinâmicos da empresa.

"Era expectável, porque já tínhamos o rendimento dos nossos produtos comprovado e aceite em vários países europeus, mas vai, agora, permitir-nos entrar nas habitações novas sem qualquer limitação - até à certificação estávamos muito limitados a certa tipologia de edifícios - e aumentar a faturação no mercado nacional em 2014", disse.

PD // MSP

Lusa/fim

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