Autarca de S. João da Madeira lança Casa da Criatividade no teatro criado pelo avô

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Porto Canal / Agências

Porto, 11 jun (Lusa) -- A Casa da Criatividade que o presidente da Câmara de S. João da Madeira inaugura na quarta-feira, vai levar uma nova vida ao velho edifício do cineteatro Império que o seu avô inaugurou há 55 anos.

Ricardo Oliveira Figueiredo confessa que só soube do facto há pouco tempo, mas lá está, na primeira página de uma edição de 1958 do jornal O Regional, o seu avô, António de Oliveira Figueiredo, então vice-presidente da Câmara de S. João da Madeira, cortando a fita com o chapéu na mão e ladeado por dois sócios da sala de espetáculos.

Na quarta-feira, caberá ao neto e ao secretário de Estado do Desenvolvimento Regional, Castro Almeida, que deixou há pouco tempo a presidência da autarquia, abrir as portas de uma nova sala com 550 lugares e recursos invulgares, como a capacidade das bancadas mudarem de lugar e do palco poder ser deslocado para o centro da sala, em menos de uma hora.

A inauguração vai contar com a atuação da Orquestra Gulbenkian, que tocará obras de Mozart e Beethoven e, na quinta-feira, estreia a primeira produção, "O despertar da primavera" ("Spring Awakening", na versão americana a ser apresentada), uma ópera rock que arrecadou oito Tony Awards, na sua estreia em 2007. O elenco é todo português.

"Nós temos que tratar do presente, sem deixar de olhar para o futuro", afirmou à agência Lusa o presidente Ricardo Oliveira Figueiredo, defendendo um investimento que vai "certamente funcionar para a população de S. João da Madeira e para a região".

O autarca lembra que o município "tem feito investimentos muito importantes na área da educação" com "resultados notáveis nos 'rankings' nacionais" e disse que Casa da Criatividade prossegue a lógica dessa aposta: "A nova economia passa certamente por uma economia do conhecimento, mas também por uma economia da criatividade".

Ricardo Oliveira Figueiredo promete "um modelo de gestão que lhe garante a autonomia económica" e defende uma "cultura inclusiva", assegurando que todos os espetáculos vão ter lugares a cinco euros.

"A cidade tem uma relação afetiva intensa com este cineteatro, que agora se vai aprofundar ainda mais, na medida a que as pessoas terão a oportunidade de participar como artistas na própria criação dos espetáculos", afirmou

A Casa da Criatividade vai ter a direção artística de Fernando Pinho, produtor de teatro em Londres que se destacou em 2010 com o musical "The Last Five Years", no Silk Street Theatre, e venceu o Deutsch Bank Awards para as artes do espetáculo "pelo caráter empreendedor dos seus projetos".

Está previsto que venha a ter espetáculos externos -- estão já anunciadas as atuações de Ana Moura, Olga Roriz e Rodrigo Leão -- mas também produção própria, integrando "atores, músicos artistas amadores", afirmou o presidente da Câmara, que quer que o novo espaço funcione em articulação com a Olivia Creative Factory, outro investimento da autarquia, uma incubadora de indústrias criativas.

DP // JGJ

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