Moscovici admite que "bom amigo" António Costa volte com prazer ao Twitter

| Economia
Porto Canal com Lusa

Bruxelas, 21 nov (Lusa) -- O comissário europeu dos Assuntos Económicos admitiu hoje que o desempenho da economia portuguesa volte a superar as previsões de Bruxelas e garantiu que ficará "encantado" se o primeiro-ministro e seu "bom amigo" António Costa tiver o prazer de voltar a "tweetar".

Na conferência de imprensa de apresentação dos pareceres da Comissão Europeia sobre os planos orçamentais dos países da zona euro para 2019, Pierre Moscovici "desdramatizou" a apreciação de que o plano orçamental de Portugal apresenta um "risco de incumprimento", preferiu realçar o "imenso" que o país tem feito nos últimos anos, e admitiu até que António Costa volte a ter razão, quando sustenta que o Governo tem sempre provado a Bruxelas que as suas previsões eram mais acertadas do que as dos serviços da Comissão.

"Ficarei encantando se Portugal acabar por fazer melhor, como já aconteceu no passado, do que aquilo que atualmente prevemos, e o meu bom amigo António Costa tenha então o prazer de 'tweetar' outra vez. Eu saudaria isso. E pode acontecer", declarou Moscovici.

Em 09 de novembro passado, após a divulgação das previsões económicas de outono -- que também serviram de base para a Comissão emitir hoje os seus pareceres --, o primeiro-ministro recorreu à sua conta na rede social Twitter para comparar as previsões da Comissão com os resultados económicos alcançados em 2016 e 2017 em termos de Produto Interno Bruto (PIB), défice orçamental e desemprego para mostrar que Bruxelas tem errado nas suas estimativas.

Já na última cimeira de chefes de Estado e de Governo da UE, em Bruxelas, em 18 de outubro, Costa, questionado sobre a possibilidade de voltar a receber pedidos de esclarecimentos da Comissão Europeia sobre o projeto orçamental para 2019 -- o que viria a concretizar-se no dia seguinte --, comentara que tal já "é um clássico" e disse que se tal sucedesse teria "mais uma vez o prazer de demonstrar" que o Governo estava certo "e que a Ecfin (direção-geral de Economia e Finanças da Comissão) eventualmente errada".

ACC // CSJ

Lusa/fim

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