Sérgio Conceição esteve esta terça-feira no Hotel Sheraton, no Porto, onde foi um dos oradores do dia no World Scouting Congress 2018. Campeão pelo FC Porto como jogador e treinador, Sérgio Conceição voltou a sublinhar a importância do título conquistado em 2017/18, confessando que viveu as duas situações de forma diferente.

O treinador dos Dragões abordou diversos temas, entre os quais a mais recente paragem para os compromissos internacionais, numa altura em que os campeões nacionais somam sete vitórias consecutivas, divididas por todas as provas.

Condições para trabalhar e potenciar a equipa
“Esta é a boa pressão, a pressão de representar um grande do futebol português, de apresentar resultados e isso só depende de mim, porque estou numa posição extremamente confortável, já que tenho tudo à disposição. Tenho um centro de treinos à minha disposição de manhã à noite, e se quiser ficar lá a dormir, fico. Tudo para trabalhar e para potenciar ao máximo a equipa que treino.”

A pressão faz parte do dia a dia no FC Porto
“Essa pressão faz parte daquilo que é o meu dia a dia, faz parte do meu trabalho e eu tento apresentar resultados. A pressão faz parte do meu dia a dia e gosto de a ter. Gosto de desafios, gosto de sentir a pressão do clube, do presidente e dos adeptos. É essa pressão que nos ajuda a estar sempre vivos, a estar sempre alerta e permanentemente a pensar que estamos a representar um grande clube, e que temos de justificar todos os dias o nosso trabalho.”

Sobre a pausa para os compromissos das seleções
“Por um lado, é uma pausa para os jogadores que não vão às seleções descansarem um pouco, em ciclos de grande densidade competitiva. Nos próximos 35 dias vamos fazer 8 jogos. Por outro lado, é quebrar um pouco o andamento com que estávamos e o meu trabalho passa precisamente por recuperar isso. Não me posso contradizer. Depois do jogo com o Benfica disse que a pausa era positiva, porque tínhamos muitas coisas para corrigir, e foi: tivemos sete jogos e conseguimos sete vitórias. Agora, estávamos num bom momento e espero que este bom momento da equipa continue, que esta pausa não venha de certa forma quebrar esse andamento que tínhamos.”

Campeão como jogador e treinador
"As vitórias são todas importantes e eu adoro ganhar, mas vivi de outra forma a vitória do ano passado, com outra maturidade, num posto diferente e sentindo quão importantes foram as pessoas que ajudaram a cumprir um dos meus sonhos, que era ser treinador do FC Porto e ganhar um título. Já o disse e repito: foi um dos três títulos mais importantes da história do FC Porto. Senti de forma diferente do que senti como jogador, sem dúvida nenhuma."