Criação de bairro carbono-zero em Matosinhos premiada pela Comissão Europeia

Criação de bairro carbono-zero em Matosinhos premiada pela Comissão Europeia
autarquia de matosinhos
| Norte
Porto Canal com Lusa

 O projeto Living Lab Carbono-Zero, de Matosinhos, ganhou hoje o Prémio Europeu de Promoção Empresarial (EEPA), resultando de uma colaboração entre o município e o CEiiA - Centro de Engenharia e Desenvolvimento de Produto, anunciou a autarquia.

Atribuído pela Comissão Europeia (CE), o projeto incluiu um lote de 503 trabalhos apresentado por 32 países e, segundo o CEiiA, venceu na categoria "Apoio ao Desenvolvimento de Mercados Ecológicos e à Eficiência de Recursos".

O projeto prevê a criação de um mercado local de carbono onde os munícipes são recompensados por terem comportamentos de mobilidade que visam poupanças de emissões de CO2, acrescenta.

O prémio foi entregue em Graz, na Áustria, à presidente da Câmara de Matosinhos, Luísa Salgueiro, que esteve acompanhada pelo vereador José Pedro Rodrigues, tendo a primeira afirmado ser o Living Lab Matosinhos "um espaço [um bairro] delimitado na cidade onde se pretende experimentar e testar soluções tecnológicas inovadoras em contexto real e com forte envolvimento dos utilizadores".

E prosseguiu: "todas [as soluções] visam a descarbonização da economia permitindo assim formas mais confortáveis de circulação e comprometidas com o futuro mais sustentável de acordo com os compromissos, quer das Nações Unidas, quer do Programa 2030".

No Living Lab de Matosinhos "estão a ser testadas e experimentadas, em contexto real, um conjunto de soluções tecnológicas inteligentes nas áreas da mobilidade, energia, ambiente e edifícios, com vista à criação de um bairro carbono zero", refere o comunicado enviado à Lusa.

Para a responsável pelo projeto no CEiiA, Catarina Selada, o prémio "representa um reconhecimento do trabalho em prol da inovação para a sustentabilidade, contribuindo para a descarbonização das cidades", que apresenta como um dos "conceitos mais disruptivos" a "criação de um mercado local de carbono".

Na prática, ao adotar modos de mobilidade mais sustentáveis, o cidadão "ganha créditos decorrentes das emissões de CO2 poupadas, que poderão ser utilizados na aquisição de bens e serviços verdes", acrescenta a nota de imprensa.

As recompensas "não envolvem dinheiro, mas créditos passíveis de utilização em serviços fornecidos pelo município", explicou Catarina Selada, salientando que "as emissões de CO2 poupadas são contabilizadas pela plataforma de mobilidade do CEiiA, a primeira a contabilizar emissões poupadas em tempo real".

O projeto, "que decorrerá por mais dois anos, representa um investimento de um milhão de euros e envolve 18 parceiros, desde empresas e centros de conhecimento a operadores de mobilidade e associações locais", lê-se ainda na nota de imprensa.

Criados em 2005, pela Comissão Europeia, os EEPA pretendem identificar e reconhecer atividades de sucesso que apoiem e estimulem a iniciativa empresarial e a inovação.

O CEiiA é um Centro de Engenharia e Desenvolvimento de Produto que concebe, desenvolve e opera produtos e serviços nas indústrias de mobilidade, nomeadamente Automóvel e Mobilidade Urbana, Aeronáutica, Mar e Espaço, com presença em vários países da Europa e da América Latina.

+ notícias: Norte

Trabalhadores da Continental Mabor em Famalicão exigem aumentos salariais

Os trabalhadores da fábrica de Vila Nova de Famalicão da multinacional alemã Continental Mabor concentraram-se esta quinta-feira frente à fábrica para reivindicar um aumento salarial intercalar de 40 euros, para fazer face ao aumento do custo de vida.

Há 400 presépios para ver em Barcelos

Em Barcelos desde o início deste mês que estão em exposição em vários espaços mais de 400 presépios de artesãos do concelho. Uma óptima oportunidade para conhecer mais e melhor do artesanato barcelense.

Pena de 25 anos de prisão para seis envolvidos na morte de empresário de Braga

O Tribunal de São João Novo, no Porto, aplicou esta quarta-feira 25 anos de prisão, a pena máxima, a seis envolvidos em 2016 no sequestro e homicídio de um empresário de Braga, cujo corpo acabou dissolvido em ácido sulfúrico.