Gabinete de Apoio ao Emigrante de S. João da Pesqueira arranca no final do mês
Porto Canal / Agências
S. João da Pesqueira, 07 fev (Lusa) - A vereadora da Cultura da Câmara de S. João da Pesqueira, Delfina Tavares, disse hoje que o Gabinete de Apoio ao Emigrante vai entrar em funcionamento no final do mês, para dar apoio a antigos e novos emigrantes.
"O Gabinete de Apoio ao Emigrante vai funcionar na Divisão Sócio-Cultural do edifício da Câmara de S. João da Pesqueira a partir do dia 20 de fevereiro, com duas técnicas afetas a esta divisão que estão a receber formação na área", explicou.
O protocolo que permite que o Gabinete de Apoio ao Emigrante seja criado num concelho "com uma enorme comunidade de emigrantes" vai ser assinado durante a tarde de hoje entre a Câmara Municipal de S. João da Pesqueira e a Direção Geral dos Assuntos Consulares e Comunidades Portuguesas.
"Trata-se de uma valência essencial para tratar de vários assuntos de ex-emigrantes, mas também para dar apoio aos munícipes que pretendam emigrar", disse.
Delfina Tavares informou que neste espaço será dada ajuda a antigos emigrantes no que diz respeito a pensões de reforma, pensões de invalidez, legalização de automóveis, equivalências em estudos, proteção de bens ou até na aquisição de nacionalidade.
"Até as mulheres que nunca emigraram, mas que tiveram o marido emigrante que acabou por falecer, podem tratar da documentação para solicitar a pensão devida", acrescentou.
Na sua opinião este novo espaço faz todo o sentido num município que tem cerca de sete a oito mil residentes, muitos deles antigos emigrantes, mas também uma comunidade emigrada que pode chegar aos 30 por cento.
"Até há bem pouco tempo a vaga de emigração tinha cessado, mas com a crise que se faz sentir há muita gente a emigrar, essencialmente para a Suíça e também para Espanha. Muitos partem com contratos curtos, de três ou quatro meses", informou.
Os munícipes que já estiveram emigrados recorrem com frequência à Segurança Social para tratar dos seus assuntos, mas "os funcionários que encontram não estão preparados para dar o apoio técnico necessário".
"Esta estrutura é de grande relevância para o concelho e há muito que fazia falta para responder às necessidades que se iam sentindo", concluiu.
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