Escultura de Fernando Casás homenageia Alberto Carneiro em Santo Tirso

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Porto Canal com Lusa

Santo Tirso, Porto, 19 nov (Lusa) - A escultura "Água para Alberto", do artista espanhol Fernando Casás, figura a partir de hoje, em Santo Tirso, numa homenagem ao escultor Alberto Carneiro, anunciou hoje a autarquia do distrito do Porto.

"Água para Alberto" é composta por "cinco esculturas graníticas que surgem diretamente do solo em representação de troncos fósseis, em que todos os elementos comunicam entre si e se conjugam com o clima e os jogos de luz e sombras", jogando com a representação de elementos da natureza, numa evocação da obra do escultor português.

Localizada na Praça Camilo Castelo Branco, "Água para Alberto" passa a ser a 55.ª obra que compõe o Museu Internacional de Escultura Contemporânea (MIEC) ao ar livre, refere a nota de imprensa da câmara de Santo Tirso.

As cinco esculturas "têm dimensões distintas e as suas posições são passíveis de ser alteradas".

Segundo a autarquia, é "mais uma homenagem (...) ao escultor que esteve na criação do MIEC, no final da década de 1990, e doou parte do seu espólio ao município".

Paralelamente, está "em andamento, na Fábrica de Santo Thyrso, [a instalação do] Centro de Artes Alberto Carneiro, que cumpre o sonho do escultor e onde irão figurar as obras de arte doadas" do seu espólio, lê-se ainda na comunicação.

O artista Alberto Carneiro, que morreu em março de 2017, aos 79 anos, foi um dos nomes que mais "abriram novos caminhos para a prática artística em Portugal", na segunda metade do século XX, como destacou a Fundação de Serralves, que acolheu uma retrospetiva do escultor, em 2013.

Alberto Carneiro nasceu em São Mamede do Coronado, no distrito do Porto. Estudou em Londres, com Anthony Caro e Philip King, segundo a biografia disponível na página de antigos alunos da Universidade do Porto, que acrescenta que o artista foi bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkian, entre 1975 e 1976, já depois de ter começado a dar aulas de Escultura nas Belas Artes do Porto.

Entre 1972 e 1985, Alberto Carneiro foi diretor pedagógico e artístico do Círculo de Artes Plásticas da Universidade de Coimbra, tendo, a partir de 1985 e até 1994, dado aulas na Faculdade de Arquitetura da Universidade do Porto.

A Fundação de Serralves, no texto sobre a exposição de 2013, escrevia que Alberto Carneiro tinha desenvolvido uma "singular relação entre a arte e a natureza", com toda a sua produção artística "a confundir-se com a sua própria vida e com as reminiscências do meio onde nasceu e cresceu e se descobriu como artista e criador".

O escultor espenhol Fernando Casás, descrito como um dos "precursores dos movimentos de Arte e Natureza", cuja obra "reflete sobre o tempo e as marcas da vida", Casás possui trabalhos em diferentes museus, bem como em diversos espaços públicos em Espanha: Santiago de Compostela, Pontevedra e Baiona, Israel, em Jerusalém, e Brasil, no Rio de Janeiro.

JYFO // MAG

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