Catarina Martins admite que TSU dos empregadores colocou legislatura em risco

| Política
Porto Canal com Lusa

Lisboa, 11 nov (Lusa) - A coordenadora do BE admitiu hoje que, apesar dos "momentos difíceis", só houve um "em que a legislatura esteve em risco", que foi quando, em janeiro de 2017, o Governo tentou reduzir a Taxa Social Única (TSU) dos empregadores.

Catarina Martins discursava na sessão de encerramento da XI Convenção Nacional do BE, estando entre os convidados a secretária de Estado Adjunta do Primeiro-Ministro, Mariana Vieira da Silva.

"Tivemos até momentos difíceis nesta legislatura. Houve negociações prejudicadas por interesses económicos ilegítimos, houve desacordos sobre acordos, mas só houve um momento em que a legislatura esteve em risco: quando o Governo decidiu compensar os patrões pela subida do salário mínimo com uma redução da TSU, a contribuição da empresa para a segurança social", admitiu.

Segundo a coordenadora do BE reconduzida no cargo nesta convenção, o acordo assinado em 2015 "com o Bloco impedia taxativamente essa medida, que prejudica a segurança social e reduz as pensões futuras".

"E nós levamos muito a sério a nossa palavra. Queríamos e conseguimos o aumento do salário mínimo, mas não damos com uma mão para tirar com outra. É por isso mesmo que gostamos dos contratos assinados, e ainda bem que o Governo aceitou uma solução alternativa, manteve a TSU e aumentou o salário mínimo nacional", assegurou.

Na opinião de Catarina Martins, foi conseguido "o impossível em muitas circunstâncias diferentes", tendo o partido confirmado "que persistência, seriedade e razão podem e devem vencer".

"Foi muito trabalho, fizemos o nosso trabalho", sustentou.

Em janeiro de 2017, PSD, BE, PCP e PEV revogaram, no parlamento, o decreto do Governo que previa uma descida temporária da TSU dos empregadores em 1,25 pontos percentuais como compensação pelo aumento do salário mínimo nacional para os 557 euros em 2017.

JF // JPS

Lusa/fim

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