Rangel e Cristas lembram voto no Parlamento Europeu para esclarecer posição sobre Orbán

| Política
Porto Canal com Lusa

Helsínquia, 08 nov (Lusa) -- Paulo Rangel e Assunção Cristas lembraram hoje a votação favorável dos eurodeputados do PSD e do CDS-PP à abertura de um inquérito para sancionar a Hungria por violações dos valores europeu para se posicionarem relativamente a Viktor Orbán.

"Sobre isso conhecem a minha posição, que é desde 2011 a mesma, e que só veio a ser reforçada pelo tempo: o tipo de aproximação que tem Viktor Orbán não é desejável num partido como o Partido Popular Europeu", vincou o eurodeputado social-democrata, referindo-se a uma eventual exclusão do Fidesz, partido do primeiro-ministro húngaro do grupo da maior família política europeia.

Paulo Rangel disse que o PPE está a fazer um caminho, que começou em setembro com a aprovação da abertura de um inquérito para sancionar a Hungria por violações dos valores europeus, e criticou o Partido Socialista Europeu por não fazer o mesmo relativamente à Eslováquia e à Roménia.

"Este infelizmente não é um problema do PPE, antes fosse. É um problema dos países do Visegrado", avaliou no encerramento do congresso do partido europeu, em Helsínquia.

Já a líder do CDS-PP frisou que a questão da violação dos valores europeus na Hungria tem sido debatida no Parlamento Europeu e que o eurodeputado centrista Nuno Melo votou favoravelmente um relatório que condena a Hungria.

"Ouvimos aqui neste palco muitas pessoas falarem da necessidade do respeito sistemático e diário do Estado de Direito democrático, das garantias e dos direitos dos cidadãos, da liberdade como um direito fundador da UE e é nessa linha que nos inscrevemos", acrescentou.

Questionada sobre se o PPE deveria expulsar o Fidesz, Assunção Cristas disse que o partido Orbán devia "certamente corrigir o seu rumo".

"Esperamos que isso venha a acontecer depois deste voto de condenação no qual o CDS-PP participou através do Nuno Melo. Esperamos que haja correções desse ponto de vista", completou.

A permanência do Fidesz, o partido do primeiro-ministro húngaro, Viktor Orban, no grupo político, depois de, em setembro, o Parlamento Europeu ter aprovado a abertura de um inquérito para sancionar a Hungria por violações dos valores europeus, tem dividido o PPE.

Tratou-se da primeira vez na história do projeto europeu que o Parlamento elaborou e aprovou um relatório sobre a ativação do artigo 7.º do Tratado da União Europeia, que prevê, como sanção máxima, a suspensão dos direitos de voto do Estado-Membro em causa no Conselho.

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