Web Summit: Acesso ao talento será maior desafio das tecnológicas após o Brexit, diz ex-ministro

| Política
Porto Canal com Lusa

Lisboa, 08 nov (Lusa)- O deputado conservador e ex-ministro da Tecnologia britânico, Ed Vaizey, apontou hoje, na Web Summit, em Lisboa, o acesso ao talento como o grande desafio das empresas tecnológicas do Reino Unido após o Brexit.

"O maior desafio das empresas tecnológicas será conseguir acesso ao talento. Vai tornar-se muito mais difícil conseguir contratar os talentos de que precisam", defendeu Ed Vaizey, sublinhando "a grande incerteza" que se vive no Reino Unido em todos os setores económicos.

Por seu lado, Alex Deane, diretor da FTI Consulting Strategic Communications, assinalou que essa dificuldade será nova apenas em relação aos talentos da União Europeia, já que, segundo disse, existe já "uma carga burocrática" e "restrições enormes" para conseguir trazer talentos, por exemplo, da Índia ou de outras partes do mundo.

Considerando que muitas dessas medidas restritivas decorrem diretamente da política da Europa, Alex Deane acredita que o Brexit será "uma oportunidade" para "revisitar a política de imigração" em relação a países fora da União Europeia.

Ed Vaizey e Alex Deane concordaram que a meta do governo do Reino Unido de reduzir em milhares o número de imigrantes no país "é irrealista".

Deane acusa o Reino Unido e a União Europeia de terem "políticas de imigração racistas" e acredita que o Brexit permitirá ao Reino Unido fazer mudanças nesta área.

"As políticas de imigração são racistas. O Reino Unido e a União Europeia preferem dar oportunidades aos trabalhadores não qualificados de Espanha do que a trabalhadores altamente qualificados da Índia ou outras partes", disse.

Relativamente à concretização do acordo com a União Europeia para a saída do Reino Unido, Ed Vaizey mostrou-se otimista de que a primeira-ministra Teresa May possa submeter o documento para aprovação do Governo na próxima semana.

Em sentido contrário, Alex Deane sustenta que o acordo não será assinado antes de dezembro, cumprindo a tradição da União Europeia de "fazer tudo no último minuto".

"As duas partes dizem que o acordo está alcançado em 95%, mas ainda há uns grandes 5% para negociar", disse Deane, enquanto Vaizey lembrou que "o Titanic também completou 95% da viagem".

CFF // JPF

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