Brasil/Eleições: Futuro ministro da Economia contradiz Bolsonaro e nega renegociação da dívida

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Porto Canal com Lusa

Brasília, 06 nov (Lusa) - O futuro ministro da Economia do Governo de Jair Bolsonaro, Paulo Guedes, afirmou hoje à imprensa que "está fora de questão" renegociar a dívida brasileira, contrariando as intenções proferidas pelo Presidente eleito.

"Está fora de questão renegociar a dívida, está fora de questão. O que existe é uma preocupação com a dívida. Por isso, faremos reformas e faremos o que empresas fazem, vender ativos", disse à imprensa o economista Paulo Guedes, ao chegar ao Ministério da Economia, onde se encontrou com o atual titular da pasta, Eduardo Guardia.

No entanto, o recém-eleito Presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, disse na segunda-feira, em entrevista ao canal televisivo Bandeirantes, que a dívida interna do Brasil não é impagável mas que precisaria de ser renegociada.

Bolsonaro acrescentou ainda que seria o seu ministro da Economia a encarregar-se do assunto.

O futuro ministro da Economia afirmou ainda que pretende acelerar as privatizações para libertar recursos e ajudar não só no ajuste fiscal, mas também no alívio a algumas áreas que hoje reclamam a falta de verbas: "Em vez de pagar juros da dívida, vamos dar dinheiro para saúde e educação", disse Paulo Guedes, citado pelo jornal Estadão.

Para o economista, o problema do Brasil nos últimos 30 anos foi o "descontrolo" em gastos públicos, questão em que se promete focar no seu mandato.

Para além da confirmação de Paulo Guedes para a pasta da Economia, até ao momento já foram adiantados por Bolsonaro os nomes do deputado federal Onyx Lorenzoni para ocupar o Ministério da Casa Civil, o astronauta e major da reserva Marcos Pontes para o Ministério da Ciência e Tecnologia, o general na reserva Augusto Heleno para a Defesa e o do juíz Sergio Moro para a pasta da Justiça.

O candidato do Partido Social Liberal (PSL, extrema-direita), Jair Messias Bolsonaro, 63 anos, capitão do Exército reformado, foi eleito no passado dia 28 de outubro, na segunda volta das eleições presidenciais, o 38.º Presidente da República Federativa do Brasil, com 55,1% dos votos, derrotando o candidato do Partido dos Trabalhadore (PT), Fernando Haddad, que teve 44,9% dos votos.

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