Oposição radical sul-africana nega envolvimento em escândalo financeiro

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Porto Canal com Lusa

Joanesburgo, 16 out (Lusa) -- A oposição da esquerda radical da África do Sul negou hoje estar envolvida num escândalo de apropriação indevida de fundos de um banco local, denunciando um cabala política poucos meses antes das eleições gerais.

Julius Malema, presidente do EFF (Combatentes pela liberdade económica - esquerda radical), referiu que o partido "não é acusado de qualquer desvio".

"Alguns querem desacreditar o EFF para ter certeza de que perderão parte dos seus apoiantes nas eleições de 2019", afirmou Malema, numa conferência de imprensa na sede do seu partido em Joanesburgo.

Na semana passada, um relatório pedido pelo Banco Central da África do Sul revelou que o equivalente a 110 milhões de euros terão sido fraudulentamente retirados das contas da VBS Mutual, banco conhecido por conceder um empréstimo ao ex-Presidente sul-africano Jacob Zuma.

O assunto afetou o partido dos Combatentes pela liberdade económica, cujo vice-presidente Floyd Shivambu é suspeito, com o seu irmão, de fazer parte dos alegados "saqueadores" da instituição financeira.

Shivambu negou ter recebido uma transferência de 10 milhões de rands (590.000 de euros) da VBS na sua conta pessoal, denunciando um "grande empreendimento fraudulento para enganar as pessoas com informações falsas".

Vários membros do Congresso Nacional Africano (ANC, na sigla inglesa) no poder também foram implicados.

Na segunda-feira, o Presidente sul-africano, Cyril Ramaphosa, negou que tenha permitido a pilhagem organizada daquele banco, escândalo financeiro que abala a classe política do país.

"A Presidência rejeita categoricamente a informação da imprensa de acordo com a qual o Presidente Cyril Ramaphosa reagiu ao caso do banco VBS, apesar de ter sido avisado de irregularidades já em 2017", segundo o comunicado, citado pela agência noticiosa France Presse.

"Essas alegações são infundadas", respondeu a Presidência, acrescentando que "os sul-africanos não devem ser enganados por aqueles que querem se exonerar de suas responsabilidades".

As eleições gerais na África do Sul estão previstas para abril ou maio de 2019.

SYSC // PVJ

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