Procura de terrenos a 1 euro superou expectativas em Santa Marta de Penaguião
Porto Canal
O presidente da Câmara de Santa Marta de Penaguião disse hoje que a procura dos lotes na zona industrial, colocados à venda a um euro, superou as expectativas, com 39 propostas para 20 espaços disponíveis.
Em dezembro, o município duriense anunciou a venda ao "preço simbólico de um euro" os terrenos disponíveis na zona oficinal ou industrial do concelho.
Na altura, o presidente Luís Machado afirmou à agência Lusa que o objetivo era "facilitar a instalação de empresas no município e contribuir para a criação de empregos".
A falta de emprego neste concelho, onde a atividade predominante é a vitivinicultura, é precisamente um dos problemas "mais graves" e que, segundo o autarca, leva as pessoas a migrar ou emigrar.
"Entendemos que a situação é bastante difícil, quer do município quer a nível nacional, e então decidimos, como não podemos doar, vender a um preço simbólico", frisou Luís Machado.
A zona oficinal representou um investimento de cerca de dois milhões de euros, e dispõe de 24 lotes, de cerca de 500 metros quadrados cada, dos quais 20 ainda estão desocupados. Os terrenos estavam à venda a 25 euros o metro quadrado.
Cerca de dois meses depois do anúncio da medida, o autarca garante que a "aposta foi ganha" porque a procura "superou todas as expectativas".
"É importante o dinheiro, nós também estamos a passar por dificuldades financeiras, mas o dinheiro não é tudo e nós preferimos não ter dinheiro e ter aquele espaço ocupado", sublinhou.
Para os 20 lotes disponíveis, foram apresentadas 39 propostas de aquisição para os mais variados fins, desde a instalação de empresas de transportes, de enchidos, serralharias, armazenagem, ou ligadas à atividade agrícola.
"Esta procura revela que as pessoas acreditam nas potencialidades deste concelho", frisou Luís Machado.
Agora, segundo o autarca, a prioridade na atribuição dos lotes vai ser dada aos empresários residentes neste território, empresas que já estejam localizadas aqui ou que criem mais postos de trabalho.
A adjudicação dos lotes deverá ser feita durante o mês de março.
As empresas terão dois anos para iniciar as obras e, se quiserem alienar os lotes, a câmara terá que se pronunciar, salvaguardando assim, de acordo com o presidente, "qualquer especulação imobiliária".