Líder do Banco Central do Brasil diz que país tem de continuar agenda de reformas

| Economia
Porto Canal com Lusa

Bali, Indonésia, 13 out (Lusa) -- O Brasil tem que continuar a sua agenda de reformas para garantir um maior crescimento da economia e controlar a inflação, disse hoje em Bali, Indonésia, o presidente do Banco Central daquele país.

Ilan Goldfajn, que participou numa conferência no âmbito dos Encontros Anuais do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial em Bali, lembrou que o Brasil está a recuperar daquela que foi a maior recessão dos tempos modernos e que tem vivido um período "de menor intervenção na economia" sob o Governo de Michel Temer.

À agência Lusa, o líder do Banco Central brasileiro recusou-se a comentar o impacto de mudanças na política económica que venham a resultar das eleições que colocam frente-a-frente, na segunda volta, os candidatos Jair Bolsonaro, do Partido Social Liberal (PSL, extrema-direita), e Fernando Haddad, do Partido dos Trabalhadores (PT).

Para Ilan Goldfajn, o importante é que avancem as reformas fiscal e a da produtividade naquela que é a maior economia da América Latina, sendo indispensável que seja aprovada a reforma laboral, num país cujos indicadores sobre o crescimento apontam para uma diminuição de 2,5% para um máximo de 1,5%, precisou.

A economia brasileira neste momento está a enfrentar um período de incertezas que não estão a ajudar o seu desempenho, como é o caso da guerra comercial entre os Estados Unidos e a China e a normalização da política monetária norte-americana, que tem tido impacto nos países emergentes, defendeu.

Com a inflação em 4,5%, com reservas que correspondem a 20% do Produto Interno Bruto brasileiro e um sistema financeiro resiliente, Ilan Goldfajn acredita que a economia brasileira tem demonstrado "poder de choque" para absorver impactos, mas avisa que "o cenário benigno dos últimos anos não vai durar sempre", pelo que "é importante prosseguir com reformas".

JMC // VM

Lusa/Fim

+ notícias: Economia

Bruxelas elogia cortes "permanentes de despesa" anunciados pelo Governo

A Comissão Europeia saudou hoje o facto de as medidas anunciadas pelo primeiro-ministro se basearem em "reduções permanentes de despesa" e destacou a importância de existir um "forte compromisso" do Governo na concretização do programa de ajustamento.

Bruxelas promete trabalhar "intensamente" para conluir 7.ª avaliação

Bruxelas, 06 mai (Lusa) -- A Comissão Europeia está empenhada em trabalhar "intensamente" para terminar a sétima avaliação à aplicação do programa de resgate português antes das reuniões do Eurogrupo e do Ecofin da próxima semana, mas não se compromete com uma data.

Euribor sobe a três meses e mantém-se no prazo de seis meses

Lisboa, 06 mai (Lusa) -- A Euribor subiu hoje a três meses, manteve-se inalterada a seis meses e desceu a nove e 12 meses, face aos valores fixados na sexta-feira.