Catarina Martins avisa que demissão de ministro "não é a única resposta"
Porto Canal com Lusa
Lisboa, 12 out (Lusa) - A coordenadora do BE, Catarina Martins, registou hoje "a retirada de consequências políticas" de um "processo rocambolesco" como o roubo das armas de Tancos, mas considerou que a demissão do ministro da Defesa "não é a única resposta" necessária.
O ministro da Defesa, Azeredo Lopes, demitiu-se hoje do Governo para evitar que as Forças Armadas sejam "desgastadas pelo ataque político" e pelas "acusações" de que disse estar a ser alvo por causa do processo de Tancos, segundo a carta enviada ao primeiro-ministro, António Costa, e a que a agência Lusa teve acesso.
"Não há ninguém no país que não perceba a enorme gravidade de todo o caso do roubo de armas de Tancos e de todo o processo, até rocambolesco. Nós sempre dissemos que ele era bastante grave, o Governo parece agora retirar consequências políticas da gravidade deste caso", disse aos jornalistas Catarina Martins, que visita o Centro de Acolhimento Temporário para Refugiados, em Lisboa, quando foi conhecida a demissão de Azeredo Lopes.
O BE regista "a retirada de consequências políticas", mas a líder do partido fez questão de sublinhar que "há muitas perguntas sem respostas".
"E, portanto, eu julgo que uma demissão não é a única resposta de que precisamos neste caso, é preciso mesmo compreender o que se passou. Há uma investigação em curso e nós esperamos que o país possa ter as respostas que merece sobre um caso que tem toda a gravidade", defendeu.
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