Brasil pode ajudar, mas Portugal tem de sair da crise por si próprio - Soares

| Política
Porto Canal / Agências

Lisboa, 10 jun (Lusa) - O antigo presidente da República Mário Soares defendeu hoje, após uma reunião com a presidente brasileira, que o Brasil poderá ajudar, mas Portugal tem de sair da crise pelos seus próprios meios, o que passa pela demissão do Governo.

"O Brasil pode sempre ter [um papel], mas nós vamos ter de sair da crise pelos nossos próprios meios e eu acho que uma boa maneira de sair da crise é que este Governo se demita", disse o ex-chefe de Estado, acrescentando que o executivo "já o devia ter feito".

Soares falava aos jornalistas à saída de um encontro com a presidente do Brasil, Dilma Rousseff, em visita de Estado a Portugal, proposto pelo próprio ex-presidente.

Num balanço da reunião, o ex-presidente disse ter ficado "extremamente encantado" com Dilma, que não conhecia e considerou "superiormente inteligente" e "extremamente simpática".

"Somos camaradas, temos um pensamento muito próximo (...) somos ambos de esquerda, temos um pensamento muito claro acerca do que se está a passar e concordámos praticamente em tudo", disse Soares sobre a reunião, que demorou cerca de uma hora e decorreu num hotel de Lisboa.

Considerando-se um "brasilófilo, um grande amigo do Brasil", Soares disse ser "uma alegria" ter o Brasil na Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), ao contrário do que pensam os britânicos, que "sempre tiveram medo de meter a América na Commonwealth.

"O Brasil é um país irmão, um país que respeitamos muitíssimo e queremos que progrida como está a progredir", afirmou.

Na sua segunda visita oficial a Portugal, que coincide com o Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas, a presidente brasileira estará na cerimónia de entrega do Prémio Camões a Mia Couto, no Palácio de Queluz.

Depois da cerimónia, Dilma Rousseff participará num jantar oferecido pelo Presidente Cavaco Silva, antes de seguir, ao fim da noite, de regresso ao Brasil.

FPA // SO

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