PGR: Fernando Negrão espera continuação do "caminho" e recusa "suspeitas" sobre mudança

| Política
Porto Canal com Lusa

Lisboa, 21 set (Lusa) -- O líder parlamentar do PSD advertiu hoje que quem tem responsabilidades políticas não deve "lançar suspeitas" num momento de mudança no Ministério Público e disse esperar que a próxima procuradora continue "o caminho" da atual detentora do cargo.

"A última coisa que devemos fazer é lançar suspeitas num momento em que uma instituição como o Ministério Público inicia uma nova fase, que esperamos todos com certeza que seja a continuação da fase da procuradora-geral da República Joana Marques Vidal", afirmou.

Fernando Negrão falava aos jornalistas, no parlamento, após questionado sobre o artigo de opinião do anterior primeiro-ministro e ex-líder do PSD, Pedro Passos Coelho, publicado na quinta-feira no jornal `online ´ Observador.

No artigo, Pedro Passos Coelho disse que faltou "decência" para "assumir com transparência" os motivos que levaram à substituição de Joana Marques Vidal como procuradora-geral da República (PGR), cargo que será ocupado por Lucília Gago.

Instado a comentar as afirmações de Passos Coelho, Fernando Negrão afirmou não ver "recado nenhum": "é a opinião do doutor Pedro Passos Coelho, uma opinião legítima".

Contudo, acrescentou, "em termos de quem tem responsabilidades políticas o dever é de manter a estabilidade das instituições e neste caso do Ministério Público".

Por isso, acrescentou, "o importante agora é, consumada que está a substituição, olhar para a frente e esperar a exigir ao Ministério Público que faça aquilo que tem para fazer que é continuar a fazer aquilo que fez e ainda faz a doutora Joana Marques Vidal", disse.

O Presidente da República anunciou esta noite, no 'site' da Presidência, a escolha da procuradora-geral adjunta Lucília Gago para substituir Joana Marques Vidal, por proposta do Governo, como nova procuradora-geral da República.

Fernando Negrão considerou que Joana Marques Vidal "marcou o Ministério Público" e a Justiça em Portugal, acentuando que "hoje a Justiça intervém em todos os setores da sociedade, sejam as finanças, seja a economia, seja o futebol, seja a política o que quer dizer que a justiça hoje é uma justiça mais justa".

"Devemos isso à doutora Joana Marques Vidal e contamos todos que a nova Procuradora-Geral da República mantenha esse caminho", disse.

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