Taxistas aguardam resultados de reuniões com quase 1.500 carros parados

Taxistas aguardam resultados de reuniões com quase 1.500 carros parados
| País
Porto Canal com Lusa

Perto de 1.500 táxis mantêm-se ao início da tarde desta quarta-feira parados em Lisboa, Porto e Faro, aguardando os resultados das reuniões que os representantes do setor vão ter no parlamento, segundo organizadores do protesto.

Nos três locais, conforme constatou a Lusa, as viaturas mantêm-se estacionadas na estrada, em fila, muitas delas desocupadas.

Alguns motoristas aproveitaram para almoçar, tendo em conta que uma delegação está desde as 13:00 a ser recebida por partidos com assento parlamentar. No caso de Lisboa, muitos taxistas parados já na parte mais a norte desceram até aos Restauradores, onde a concentração teve início.

Representantes dos taxistas nas três cidades informaram que no protesto contra as plataformas eletrónicas de transporte em veículos descaracterizados estão cerca de 1.000 carros em Lisboa, cerca de 280 no Porto e cerca de 200 em Faro.

Na capital, onde o protesto teve início na Praça dos Restauradores, a Lusa constatou que a fila chegava até ao cruzamento da Avenida da República (sentido descendente) com a Avenida Miguel Bombarda, depois de ocupar a Avenida Fontes Pereira de Melo (sentido descendente) e a Avenida da Liberdade (nos dois sentidos).

As praças do Saldanha e Marquês de Pombal não estão ocupadas, permitindo que, pelas 13:30, o trânsito circulasse com normalidade.

Na região Norte, Carlos Lima, da Federação de Táxis do Porto, deu conta de uma contagem feita pelos promotores do protesto pelas 12:00 e que apontava para um aumento de 100 para 280 carros na cidade 'invicta', em comparação com o início da manhã.

De acordo com Carlos Lima, o aumento da adesão na avenida dos Aliados prende-se com o facto de só mais tarde uma parte dos taxistas ter podido deslocar-se ao local, porque até então teve serviços marcados durante a manhã, para transporte de pessoas ao hospital, por exemplo.

Os 280 táxis preenchem meia avenida, ocupando uma das duas faixas de rodagem em ambos os sentidos de circulação, no troço compreendido entre o edifício da Câmara do Porto e os cruzamentos com a rua Elísio de Melo (sentido descendente) e do Dr. Magalhães Lemos (sentido ascendente).

Os taxistas foram recebidos pelo presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira (independente), que não fez declarações à comunicação social.

Em Faro, o presidente do município, Rogério Bacalhau (PSD), juntou-se aos profissionais que se concentraram perto do aeroporto e considerou haver razões para o diploma que regulamenta o transporte de passageiros em veículos descaracterizados ser apreciado no Tribunal Constitucional, como pede o setor.

Os taxistas manifestam-se hoje em Lisboa, Porto e Faro contra a entrada em vigor, em 01 de novembro, da lei que regula as quatro plataformas eletrónicas de transporte que operam em Portugal -- Uber, Taxify, Cabify e Chauffeur Privé.

Desde 2015, este é o quarto grande protesto contra as plataformas que agregam motoristas em carros descaracterizados, cuja regulamentação foi aprovada, depois de muita discussão, no parlamento, em 12 de julho, com os votos a favor do PS, do PSD e do PAN, os votos contra do BE, do PCP e do PEV, e a abstenção do CDS-PP.

A legislação foi promulgada pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, em 31 de agosto.

Os representantes do setor do táxi enviaram à Assembleia da República um pedido para serem hoje recebidos pelos deputados, a quem vão pedir que seja iniciado o procedimento de fiscalização sucessiva da constitucionalidade do diploma e que, até à pronúncia do Tribunal Constitucional, se suspendam os efeitos deste, "por forma a garantir a paz pública".

Um dos principais 'cavalos de batalha' dos taxistas é o facto de na nova regulamentação as plataformas não estarem sujeitas a um regime de contingentes, ou seja, a existência de um número máximo de carros por município ou região, como acontece com os táxis.

A dois dias da manifestação, o Governo enviou para as associações do táxi dois projetos que materializam alterações à regulamentação do setor do táxi, algo que os taxistas consideraram "muito poucochinho", defendendo que o objetivo do Governo foi "desviar as atenções" da concentração nacional de hoje.

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