Vice-presidente da Guiné Equatorial foi vítima de um desacerto atribuído ao período eleitoral no Brasil

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Porto Canal com Lusa

São Paulo, Brasil, 17 set (Lusa) - A Guiné Equatorial classificou hoje como "um desacerto" das autoridades brasileiras devido à campanha eleitoral a apreensão de dinheiro e joias ao vice-presidente equato-guineense, na sexta-feira passada, quando Teodoro Nguema Obiang Mangue chegava ao Brasil.

"A comitiva do senhor vice-presidente da Guine Equatorial não cometeu nenhuma infração ou irregularidades, pelo contrário foi vítima de desacerto entre duas autoridades políticas e administrativas brasileiras, que só pode ser atribuído ao período de campanha eleitoral que se vive neste momento", lê-se num comunicado da embaixada da Guiné Equatorial em Brasília.

Eleições para escolher um novo Presidente, vinte e sete governadores de estado, membros do Parlamento e das câmaras legislativas regionais no Brasil acontecem nos dias 07 e 28 do próximo mês de outubro.

Na mesma nota, a embaixada da Guiné Equatorial alega que, contrariando a prática diplomática internacional, um delegado da receita federal brasileira decidiu revistar a mala do vice-presidente, retendo ilegalmente alguns dos seus pertences e, por isto, o país irá procurar reparação.

"Será lavrada nota de protesto formal e ofício junto das instâncias adequadas no sentido de reparar integralmente a situação criada", afirmam as autoridades equato-guineenses.

Na última sexta-feira, a polícia e a receita federal do Brasil aprenderam mais de 16 milhões de dólares (13,7 milhões de euros), em dinheiro e joias, à delegação que acompanhava o filho do Presidente da Guiné-Equatorial no aeroporto de Viracapos, em Campinas, perto da cidade de São Paulo.

Teodoro Nguema Obiang Mangue, conhecido como Teodorin, é filho de Teodoro Obiang Nguema, no poder na Guiné Equatorial há 39 anos, e integrava uma delegação de 11 pessoas que chegou a bordo de um avião privado ao Brasil.

Segundo informações veiculadas pela imprensa local, a delegação não estava em missão oficial, pelo que apenas Teodorin beneficiava de imunidade diplomática e por isto houve a apreensão dos bens não declarados que foram encontrados.

Segundo a lei brasileira, a entrada no país de dinheiro em espécie está limitada a 10.000 reais, que correspondem a cerca de 2.400 dólares ou 2.000 euros.

Em resposta a perguntas enviados pela Lusa sobre a apreensão do dinheiro, das joias e relógios de luxo do vice-presidente da Guiné Equatorial, a Receita Federal brasileira disse que "não vai se pronunciar sobre o assunto".

Já a assessoria de comunicação da Polícia Federal, que também foi procurada para comentar o caso, alegou que até o fechamento desta reportagem que não havia oficialmente nenhum inquérito instaurado sobre o caso.

A Guiné Equatorial é membro da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) desde 2014.

CYR // JH

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