Abaixo-assinado contesta encerramento de Finanças de Sátão

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Porto Canal / Agências

Sátão, 31 jan (Lusa) - A Comissão de Utentes dos Serviços Públicos de Sátão tem um curso um abaixo-assinado, no qual contesta o eventual encerramento da repartição de Finanças local, que considera ser "um rude golpe para os cidadãos, empresas e economia local".

Em declarações à Agência Lusa, a porta-voz da Comissão de Utentes dos Serviços Públicos de Sátão, Ângela Bártolo, revelou que o abaixo-assinado está a circular desde o início do mês de janeiro e conta já com algumas centenas de assinaturas.

"Todas as pessoas que são abordadas para assinar acabam por fazê-lo, independentemente de gostarem ou não do Governo PSD/CDS, pois este é um serviço essencial para os habitantes de Sátão", alegou.

Ângela Bártolo sublinha que o Governo está "a fechar todos os concelhos do interior", ao levar a cabo um conjunto de encerramentos que começou com as escolas de primeiro ciclo, passou pelos serviços de saúde e postos de GNR e agora chegou aos tribunais e serviços de finanças.

"Ao invés de promoverem a fixação de pessoas e incentivarem a natalidade, estão a fazer com que o concelho de Sátão fique sem ninguém", criticou.

A porta-voz da Comissão de Utentes dos Serviços Públicos de Sátão lamenta ainda que estes encerramentos sejam previstos sem "a verdadeira noção da realidade do interior do país".

"Pretendem que os cidadãos do concelho do Sátão passem a ser utentes das Finanças de Mangualde, mas esquecem-se que nem todos têm carro próprio e que não há qualquer transporte público entre Sátão e Mangualde", aponta.

No abaixo-assinado lê-se que "a proposta de encerramento do serviço de Finanças no concelho de Sátão viola o princípio constitucional dos serviços públicos do Estado junto dos potenciais utentes".

"Esta medida visa apenas mais um corte cego de um serviço público essencial, sem considerar os graves danos, transtornos e prejuízos que vem causar às populações das freguesias do concelho", acrescenta.

Ângela Bártolo informou ainda que o abaixo-assinado vai estar em circulação durante os próximos dias, com o intuito de reunir ainda mais assinaturas, para depois serem entregues à ministra das Finanças.

"Ninguém quer ficar num concelho onde já não há serviços. É preciso que se acorde antes que toda a gente siga o conselho do primeiro-ministro e que emigre", concluiu.

CMM // SSS

Lusa/fim

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