Candidatos às presidenciais brasileiras lamentam ataque a Bolsonaro

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Porto Canal com Lusa

Brasília, 06 set (Lusa) - Os candidatos às eleições presidenciais brasileiras de outubro condenaram o ataque com arma branca sofrido hoje por Jair Bolsonaro (PSL), durante uma ação de campanha na cidade de Juiz de Fora, Minas Gerais.

Segundo uma compilação feita pelo jornal "A Folha de São Paulo", que reúne os testemunhos dos vários candidatos, o representante do PT, Fernando Haddad, classificou como "absurdo" e "lastimável" o incidente dirigido ao candidato de extrema-direita. "Nós, democratas, temos que garantir o processo tranquilo e pacífico e reforçar o papel das instituições", declarou Haddad, ao ser informado sobre o episódio, durante entrevista ao canal MyNews.

O candidato pelo PSDB, João Doria, enviou uma nota oficial afirmando que o atentado a Jair Bolsonaro foi um ato de covardia.

"Transmito a minha solidariedade ao deputado Jair Bolsonaro e aos seus familiares. Eleição não se faz com agressão. A covardia de um ato que agride um candidato deve ser condenada com veemência", diz a nota.

Já o candidato do PDT à Presidência, Ciro Gomes, usou a rede Twitter para classificar o ataque contra Jair Bolsonaro como uma "barbárie": "Acabo de ser informado em Caruaru, Pernambuco, onde estou, que o deputado Jair Bolsonaro sofreu um ferimento a faca. Repudio a violência como linguagem politica, solidarizo-me com meu opositor e exijo que as autoridades identifiquem e punam o ou os responsáveis por esta barbárie", disse.

Também Alckmin condenou o ataque a Bolsonarro: "Política se faz com diálogo e convencimento, jamais com ódio. Qualquer ato de violência é deplorável. Esperamos que a investigação sobre o ataque ao deputado Jair Bolsonaro seja rápida, e a punição, exemplar", disse Geraldo Alckmin (PSDB) numa rede social.

O candidato João Amoêdo disse que é lamentável e inaceitável o que aconteceu. "Independentemente de divergências políticas, não é possível aceitar nenhum ato de violência."

"O Brasil lutou muito para voltar à democracia e a ter eleições limpas e livres. A violência não pode colocar essas conquistas em risco. Que o agressor sofra as devidas punições. Meus votos de melhoras para o candidato", acrescentou Amoêdo.

"A violência contra Bolsonaro é inadmissível', disse também a candidata Marina Silva, acrescentando que "configura um duplo atentado: contra sua integridade física e contra a democracia. Neste momento difícil que atravessa o Brasil, é preciso zelar com rigor pela defesa da vida humana e pela defesa da vida democrática e institucional do nosso País. Este atentado deve ser investigado e punido com todo rigor. A sociedade deve refutar energicamente qualquer uso da violência como manifestação política", finalizou a candidata.

De acordo com vídeos colocados entretanto a circular na internet, Jair Bolsonoro foi esfaqueado na região do tórax e levado para o hospital.

No momento do ataque o candidato estava a ser carregado aos ombros por apoiantes e foi imediatamente retirado do local, sendo transportado para um hospital de Minas Gerais, segundo o jornal "O Estadão".

O agressor foi detido, de acordo com a polícia.

Flavio Bolsonaro, filho do candidato presidencial, já veio a público dizer que os ferimentos foram superficiais.

"Jair Bolsonaro sofreu um atentado agora em Juiz de Fora, uma estocada com faca na região do abdómen. Graças a Deus foi apenas superficial e ele pesa [passa] bem. Peço que intensifiquem as orações por nós", escreveu Flávio Bolsonaro, na rede Twitter.

O incidente aconteceu em Juiz de Fora, cerca de 200 quilómetros a norte do Rio de Janeiro.

Jair Bolsonaro, candidato da extrema-direita brasileira, está em segundo lugar nas sondagens para as eleições presidenciais que decorrem em outubro.

MYMM // PVJ

Lusa/fim

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