Teixeira Duarte vai vender participação na Lusoponte à Vinci e Mota-Engil por 23,3 ME

| Economia
Porto Canal com Lusa

Lisboa, 27 ago (Lusa) - A Teixeira Duarte vai vender a sua participação de 7,5% na Lusoponte à francesa Vinci e à Mota-Engil, que exerceram o direito de preferência, em vez de a uma empresa chinesa, segundo comunicado ao mercado.

Em 21 de junho foi conhecido que o grupo Teixeira Duarte negociou a venda da sua participação de 7,5% na Lusoponte -- Concessionária para a Travessia do Tejo com uma empresa chinesa, a Companhia de Investimento China-Portugal Global, por 23,3 milhões de euros.

Contudo, a operação de venda das 375 mil ações que a Teixeira Duarte detém na Lusoponte ainda estava sujeita a exercícios de direitos de preferência e hoje o grupo informou, em comunicado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários, que "foi exercido o direito de preferência pelas acionistas da Lusoponte 'Vinci Highways, SAS' e 'Lineas -- Concessões de Transportes, SGPS, S.A.'".

Assim, na passada quinta-feira (23 de agosto) a Teixeira Duarte assinou dois contratos para a alienação da sua participação a estas duas empresas pelo mesmo valor negociado com a empresa chinesa.

À Vinci Highways vendeu 185.625 ações da Lusoponte por 11.766.500 euros (cerca de 11,77 milhões de euros) e à Lineas, da Mota-Engil, alienou 189.375 ações por 11.533.500 euros (11,53 milhões de euros).

Ainda no comunicado à CMVM, o grupo refere que as vendas da sua participação "estão ainda sujeitas a que sejam concretizados outros procedimentos, designadamente pela Lusoponte, em particular junto das entidades financiadoras" e estima que o negócio tenha um impacto de 18 milhões de euros, o mesmo valor já anteriormente adiantado.

A venda da participação da Teixeira Duarte na Lusoponte, empresa concessionária das pontes Vasco da Gama e 25 de Abril, faz parte do acordo fechado com a banca para reduzir o passivo bancário do grupo do setor da construção.

A Teixeira Duarte comunicou, em abril, ao mercado que tinha fechado um acordo com o BCP, a CGD e o Novo Banco para "uma redução significativa do passivo bancário, alinhada com um programa de alienação de ativos no valor de cerca de 500 milhões de euros".

A Teixeira Duarte teve prejuízos de 2,092 milhões de euros no primeiro trimestre deste ano, abaixo das perdas de 8,862 milhões de euros registadas em igual período do ano passado.

Em junho, o grupo acordou a alienação da totalidade do capital social da Lagoas Park a uma subsidiária do fundo de investimento Kildare, tendo por base um valor de 375 milhões de euros.

IM (RN/PE/ICO/MC)// ATR

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