Ricardo Rio afirma que primeiros 100 dias de mandato foram de ruptura

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Porto Canal / Agências

Braga, 29 jan (Lusa) - O presidente da Câmara Municipal de Braga afirma que os primeiros 100 dias de mandato foram de "rutura", que tiraram o concelho "debaixo do tapete", foram corrigidos "erros nefastos e criminosos" e aponta a captação de investimento como "farol".

Em entrevista à agência Lusa, Ricardo Rio garantiu que "80 por cento das 20 medidas" que se comprometeu a cumprir em 100 dias "estão efetivamente cumpridas", entre as quais a revogação do "negócio" das Convertidas e do alargamento das ruas de estacionamento pago à superfície no centro de Braga.

A oposição reconhece que Rio "cumpriu o que prometeu" mas distancia-se, para a CDU no orçamento apresentado há "traços de continuidade" com a anterior gestão socialista, quanto ao PS não quis, "para já", emitir nenhum juízo.

"Foram 100 dias que marcaram uma diferença clara em relação ao passado, de rutura, muito intensos em termos de atividade, de compromisso absoluto com aquilo que era o nosso programa, de assumir uma visão estratégica, de transparência na gestão municipal de proximidade e, obviamente, de projetar Braga para outro patamar", definiu Ricardo Rio.

O autarca candidatou-se com 20 promessas para cumprir nos primeiros 100 dias de mandato, das quais, explicou, "80 por cento delas estão efetivamente cumpridas e os restantes 20 estão em execução".

Menos de oito dias depois de tomar posse, Ricardo Riu cumpriu duas promessas, revogar a expropriação da Casa das Convertidas, aprovada pelo executivo liderado por Mesquita Machado no valor de 3 milhões de euros, e revogar também o alargamento da zona de estacionamento pago à superfície, a "triste novela" dos parcómetros.

Decisões que levaram a oposição a acusá-lo de "populismo", ao que o autarca responde que "quando se assume um compromisso tem que ser cumprido".

"Não podemos apenas esgrimir promessas para depois não as concretizar. Este foram compromissos políticos assumidos antes das eleições, foram assumidos com base no interesse estratégico do concelho", justificou.

Medidas com "um fundo estratégico", garante.

"Consideramos absolutamente nefasto o alargamento que foi registado em termos de pagamento do estacionamento à superfície e consideramos criminoso o processo das Convertidas por via da alocação de recursos muito relevantes para a Câmara num favorecimento claro a personalidades do anterior executivo", explanou.

Nestes 100 dias, Ricardo Rio reclama outro feito, "tirar Braga debaixo do tapete e projetar o nome do concelho".

Assim, nos primeiros meses de mandato, o novo executivo "reforçou a ligação às universidades de Braga, elaborou um dossiê de investimento, criou um concelho cultural, lançou a discussão pública sobre o Plano Diretor Municipal, elaborou a Carta Desportiva do concelho, celebrou contratos-programa com todas as coletividades, reduziu taxas e impostos municipais, avançou com a intervenção no Mercado Municipal e com a discussão pública sobre o parque Monumental das Sete Fontes", entre outras medidas.

Mas se Rio agita a bandeira da "rutura com o passado", a oposição não concorda.

"Ainda é muito cedo para dizer o que vai ser este mandato. Mas a ver pelo primeiro Orçamento apresentado por esta coligação o que vemos é uma continuidade com o que estava, apenas alterando a forma", apontou Carlos Almeida.

Ainda assim, um elogio a CDU concede a Ricardo Rio.

"No que diz respeito aos compromissos assumidos foram realmente concretizados", admitiu o vereador.

JYCR // MSP

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