Presidente do Senado da RDCongo defende regresso de Moise Katumbi ao país

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Porto Canal com Lusa

Kinshasa, 21 ago (Lusa) -- O presidente do Senado da República Democrática do Congo (RDCongo), Leon Kengo Wa Dongo, defendeu hoje que Moise Katumbi, um dos principais opositores do chefe de Estado congolês, Joseph Kabila, pode regressar ao país para participar nas eleições presidenciais.

Moise Katumbi "é o filho do país, excluí-lo é ter medo de que possa ser eleito", afirmou Leon Kengo Wa Dongo em declarações à Rádio França Internacional (RFI), citadas pela agência France-Presse (AFP).

Moise Katumbi, que reside no exterior da RDCongo desde maio de 2016, denunciou que foi impedido de regressar ao país - por via aérea e pela fronteira terrestre com a Zâmbia - no início de agosto para apresentar a sua candidatura nas eleições presidenciais de 23 de dezembro de 2018.

Segundo a AFP, as autoridades da RDCongo referiram que Katumbi "não apareceu na alfândega congolesa".

Em maio de 2016, Katumbi abandonou a RDCongo após o anúncio por vários procuradores, que o pretendiam acusar da contratação de mercenários.

No mês seguinte, Katumbi foi condenado à revelia e sentenciado a uma pena de prisão de 36 meses pela venda de uma casa que não era sua.

O opositor e ex-governador da província de Katanga, negou ambas as acusações.

O Governo da RDCongo anunciou a 16 de agosto a emissão de um mandado internacional de captura do líder da oposição, Moise Katumbi.

O ministro da Justiça da RDCongo, Alexis Thambwe Mwamba, disse ainda que a ordem de detenção foi enviada para vários países africanos e europeus.

O presidente do Senado congolês sublinhou que, no arranque do processo eleitoral, o seu "claro desejo é que todos se apresentem".

"Como ele [Katumbi] foi julgado, ele pede ao Presidente para poder amnistiá-lo", argumentou Leon Kengo Wa Dongo.

O presidente do Senado também acredita que a candidatura do ex-vice-Presidente da República Jean-Pierre Bemba não deve ser invalidada, apesar de um incidente de submissão de testemunhas perante o Tribunal Penal Internacional (TPI), que o absolveu, em segunda instância, após condenação inicial por crimes de guerra e crimes contra a humanidade.

Leon Kengo Wa Dongo, de 83 anos, primeiro-ministro do ex-Presidente Mobutu Sese Seko, não descarta que o Presidente Kabila esteja preparado para um cenário "Putin/Medvedev", ao nomear o seu antigo ministro do Interior, Emmanuel Ramazani Shadary, como candidato do Partido Popular pela Reconstrução e Democracia (PPRD).

"Vamos analisar tudo: ele passa Ramazani, Ramazani pode ser eleito uma vez, ele pode regressar. Acho que ele jogou bem. Se ele voltar, ele pode ficar tanto quanto ele quiser", disse o Presidente do Senado.

De acordo com a Constituição de 2006, o Presidente é eleito "por um mandato de cinco anos, renovável uma vez".

SYSC (JYO)//PVJ

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