Pussy Riot em Pareces de Coura com mensagem politica e pouco espaço para o público

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Porto Canal com Lusa

Paredes de Coura, Viana do Castelo, 18 ago (Lusa) - O espaço para o público no palco secundário no Festival Paredes de Coura foi pequeno para o tamanho da mensagem politica que as russas Pussy Riot trouxeram a Portugal, um manifesto contra a corrupção, desigualdade sexual e oligarquia.

A terceira noite de concertos na Praia Fluvial do Taboão, nas margens do rio Coura, foi ainda pautada pela atuação do britânico Skepta que, menos de dois minutos depois de ter começado, levou as milhares de pessoas que assistiam ao concerto "à loucura", tendo mesmo a organização interrompido o espetáculo para pedir que parassem de atirar objetos para o palco.

O espetáculo das ativistas russas começou com a leitura e apresentação gráfica dos 25 pontos do manifesto político-social defendido pelas ativistas, uma ode à liberdade, igualdade sexual, democracia e luta contra a pobreza, tendo-se seguido a entrada em palco de Nadya Tolokno, uma das fundadoras da banda Pussy Riot, debaixo de uma forte ovação do público.

Se durante a primeira música Nadya e as restantes ativistas envergaram a tradicional máscara balaclava com que se apresentam, na segunda o rosto principal das Pussy Riot apareceu para deixar uma mensagem "politico-humanitária".

"Obrigada pelo apoio", começou por dizer, explicando que o concerto, assim como todas as ações da banda, não são apenas música: "Esperamos ajudar a que um jovem ucraniano, preso politico na Rússia e em greve de fome há 90 dias, sim, três meses sem comer, volte para a sua família, para o seu país", disse.

"Exigimos que o libertem", exortou.

O público, que tornou exíguo o espaço à volta do palco secundário do recinto, aderiu à mensagem, ovacionando e aplaudindo a cada palavra de ordem projetada no ecrã que ocupava o palco.

Este foi o primeiro momento do 'after-hours' da noite, a que se seguiu o produtor e DJ de Frankfurt, Lauer.

Antes, passaram pelos palcos do paredes de Coura Diiv, Frankie Cosmos, slowdive, Kevin Morby, Imarhan, Smartini e ... And You Will Know Us by the Trail of Death.

No entanto, o concerto que mais público reuniu foi "sem dúvida alguma" do artista grime Skepta, vencedor de um Mercury Prize.

Ao segundo minuto do espetáculo do britânico já eram poucos os que continuavam sentados no anfiteatro natural do recinto, que ganhou movimento com o salto dos milhares de ouvintes após palavras fortes de Sekpta.

O entusiasmo foi tanto, que obrigou mesmo a organização a pedir ao público que parasse de arremessar objetos para o palco. "Mostrem respeito", pediu a organização. "Respeitem-se uns aos outros", instou o artista.

A edição de 2018 do Paredes de Coura termina sábado, noite que será marcada pelo regresso dos Arcade Fire à Praia Fluvial do Taboão, agora como cabeças de cartaz, mas também pelas atuações de nomes como os portugueses Dead Combo, DJ Kitten, ou Big Thief.

JYCR// JMC

Lusa/Fim

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