Professores nas Comunidades Lusíadas crítica Governo na área da Língua Portuguesa

| Política
Porto Canal / Agências

Lisboa, 09 jun (Lusa) -- O Sindicato dos Professores nas Comunidades Lusíadas (SPCL) tece críticas ao Governo no tocante ao ensino da Língua Portuguesa no estrangeiro e declara 2013 como "um ano para lamentar".

Aproveitando a celebração, na segunda-feira, do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas, o SPCL afirma em comunicado que "o presente ano, 2013, é mais um ano para lamentar do que para festejar".

O sindicato realça que "o desinvestimento no Ensino Português no estrangeiro está a atingir números nunca esperados" e acusa o Governo de ignorar "cada vez mais a existência e os direitos dos seus cidadãos fora do país".

Uma situação que contrasta com o potencial económico das comunidades, cujas remessas enviadas para Portugal atingiram, no ano passado, os 2,7 mil milhões de euros, afirma o sindicato.

"Os portugueses residentes no estrangeiro, embora constituindo um imenso potencial económico, são cada vez mais ignorados e discriminados, como se fossem, na realidade, estrangeiros e não portugueses", atesta o sindicado.

Segundo o SPCL, "aos portugueses no estrangeiro estão constantemente a ser retirados direitos que lhes assistem constitucionalmente".

O sindicato critica o "encerramento de vários postos consulares em França e na Alemanha", refere a "precariedade salarial dos trabalhadores" consulares e a "taxa de frequência obrigatória a pagar pelos encarregados de educação caso queiram que os seus filhos continuem a aprender a língua e cultura de origem".

No tocante ao ensino do português no estrangeiro, o SPCL afirma que "de um contingente de mais de 600 docentes em 2009 passou-se ao reduzido número de 385, número esse que será ainda mais reduzido no próximo ano letivo, devido aos efeitos nefastos da propina, que retirará mais de 3.000 alunos" que ainda frequentam os cursos de Português.

O Sindicato acusa o Camões - Instituto da Cooperação e da Língua, conjuntamente com a secretaria de Estado das Comunidades, da redução substancial da população escolar e do contingente de professores no estrangeiro, "com os eternos e já por demais repetidos argumentos de escassez de verba, tendo mostrado uma fictícia disponibilidade com a distribuição de algumas bibliotecas por associações e escolas".

"Não basta alardear que o Português é uma das línguas mais faladas no mundo. Não basta organizar e discursar em colóquios sobre o potencial económico do Português. Não basta organizar eventos efémeros e vazios de conteúdo", afirma o sindicato.

No mesmo tom, o SPCL proclama que "já basta de maltratar os portugueses, dentro e fora do país".

NL // VC

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