Ex-assessora de Trump denuncia que querem silenciá-la

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Porto Canal com Lusa

Nova Iorque, 14 ago (Lusa) -- Omarosa Manigault Newman, ex-assessora de Donald Trump na Casa Branca, garantiu hoje que "não vai ser silenciada" por este, permanecendo desafiadora quando o conflito que os opõe parece seguir do espaço público para as salas dos tribunais.

Em entrevista à Associated Press, Manigault Newman, que está a promover o seu livro sobre o tempo em que esteve na órbita de Trump, afirmou acreditar que a organização da campanha para a reeleição deste está a procurar impedi-la de contar a sua história.

O seu comentário foi feito horas depois de a campanha de Trump ter anunciado que ia apresentar uma ação contra ela, alegando que violou um acordo de confidencialidade.

"Não vou ser intimidada", disse à AP, insistindo: "Não vou ser assustada por Donald Trump".

Mesmo assim, a antiga estrela televisiva que passou a assessora política declinou responder a várias questões sobre a sua experiência, durante o ano em que foi a assessora afro-americana com estatuto mais elevado na Casa Branca, citando aquela ação judicial.

Também recusou detalhar a sua entrevista com a equipa do procurador especial Robert Mueller, cuja existência confirmou hoje em outra entrevista.

Mas Manigault Newman continuou a fazer críticas contundentes a Trump, considerando-o incapaz para o cargo de presidente dos EUA.

Acusou-o de utilizar os seus comícios turbulentos para semear a divisão racial, sugerindo inclusive que Trump está a promover a violência.

Discutindo as suas diferentes perspetivas, Manigault Newman disse: "Primeiro, quero ver esta nação unida em vez de dividia. Não quero ver uma guerra racional, como Trump quer".

Manigault Newman, que conheceu Trump quando concorreu em 2003 ao concurso televisivo 'O Aprendiz', que este dirigia, afirmou que a propensão deste para a divisão racial é evidente "quando aproveita todas as oportunidades para insultar os afro-americanos".

Como exemplo, mencionou as recentes críticas de Trump ao basquetebolista LeBron James e à congressista democrata Maxine Waters, eleito pelo Estado da Califórnia.

Em mensagem recente divulgada através da rede social Twitter, Trump escreveu que "foi preciso o homem mais estúpido da televisão", referindo-se também a um afro-americano, para fazer James "parecer inteligente", além de que descreve com frequência Waters como alguém, com "baixo QI" [sigla de cociente de inteligência].

"Ele quer dividir esta nação", afirmou Manigault Newman, que falou à AP durante o circuito de promoção do seu livro 'Unhinged' ('Desvairado'), no qual descreve Trump como alguém racista e misógino.

"Ele quer pôr a sua base contra os afro-americanos que tiveram sucesso", acusou. "Usa os seus comícios para encorajar as pessoas a atacar os afro-americanos. É óbvio que este homem não nos quer unir. Pelo contrário, ele está a procurar dividir-nos".

No seu livro, Manigault Newman garantiu disse que existe uma gravação de Trump a usar a 'N-word', expressão que se refere à palavra 'nigger' ('preto'), usada de forma insultuosa e depreciativa para referir pessoas de pele negra.

Outra acusação é a de que Trump sabia que a Wikileaks tinha mensagens de correio eletrónico (e-mails) da sua então rival na corrida presidencial de 2016, Hillary Clinton, antes de estas terem sido divulgadas.

Manigault Newman acusou ainda Trump de se comportar "como um cão sem trela" nos eventos que decorrem na instância de recreio que possui em Mar-a-Lago, na Florida, quando a esposa, Melania Trump, está ausente.

RN.

Lusa/fim

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