Mais de 5.000 venezuelanos entram diariamente no Equador

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Porto Canal com Lusa

Genebra, 10 ago (Lusa) -- Mais de 5.000 venezuelanos entraram diariamente no Equador desde o início deste mês, anunciou hoje a Organização Internacional para as Migrações (OIM), numa conferência de imprensa em Genebra, citando os seus dados mais recentes.

"Os nossos relatórios no terreno, divulgados hoje, indicam que desde o início de agosto, nestes 10 dias, mais de 5.000 venezuelanos chegaram em condições precárias" ao Equador, disse o porta-voz da OIM, Joel Millman, comentando a declaração do estado emergência institucional no Equador para enfrentar esta crise.

Desde o início de 2018, entre 547.000 e 560.000 venezuelanos cruzaram a fronteira com o Equador, mas estima-se que apenas 20% deles permanecem neste país, enquanto os restantes continuam a sua rota principalmente para o Peru e o Chile.

Na mesma conferência de imprensa, um representante do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) disse que os seus dados sugerem um número ligeiramente menor de imigrantes venezuelanos no Equador, com uma estimativa de mais de 4.000 entradas por dia desde o início de agosto.

O porta-voz do ACNUR, William Spindler, destacou as condições de grande vulnerabilidade em que os venezuelanos chegam à fronteira com o Equador, muitos deles tendo caminhado por dias ou mesmo semanas para chegar a esse ponto.

"Muitos [dos venezuelanos] ficaram sem recursos e devem dormir em parques e começar a mendigar ou adotar comportamentos negativos para suprir as suas necessidades diárias", lamentou.

De acordo com as avaliações do ACNUR, 20% dos recém-chegados têm necessidades específicas de proteção, como mulheres e crianças, que representam 40% de todos os venezuelanos que chegam ao Equador.

Estes dois últimos grupos, lembrou o porta-voz, estão mais expostos à violência sexual, podendo cair em redes de prostituição ou serem vítimas de tráfico humano.

O Governo do Equador decretou, na quarta-feira, o estado de emergência institucional para os organismos que tratam de assuntos migratórios nas províncias de Carchi, Pichincha e El Oro, no norte e no sul do país, para atender o fluxo de venezuelano.

Segundo o ACNUR, dos cidadãos venezuelanos que chegam ao Equador desde 2016, apenas 7.000 solicitaram o estatuto de refugiado.

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