Turistas portugueses gastaram em média 150,6 euros em viagens no ano passado
Porto Canal com Lusa
Lisboa, 03 ago (Lusa) -- Os turistas portugueses gastaram em média mais 14 euros no ano passado em viagens, na comparação homóloga, num total de 150,6 euros, informou hoje o Instituto Nacional de Estatística (INE) na publicação anual sobre Turismo.
Com base no inquérito às deslocações dos residentes, o INE referiu que nas viagens domésticas, os residentes gastaram, em média, 111,4 euros por turista/viagem, mais 10,4 euros que em 2016.
Em deslocações para o estrangeiro o gasto médio por turista/viagem foi 489,9 euros, ou seja, mais 15,7 eueos que no ano anterior.
A despesa média em viagens por motivos "profissionais ou de negócios" foi 216,2 euros (218,6 euros em 2016), o valor mais elevado entre os principais motivos, enquanto em viagens por "lazer, recreio ou férias" fixou-se em 209,34 euros turista/viagem (190,4 Euro em 2016).
Já o valor gasto em deslocações por "visita a familiares ou amigos" fixou-se nos 82,3 euros (71,4 euros em 2016).
A despesa diária de cada turista residente, em média, situou-se em 37,4 euros (33,8 euros em 2016), sendo que nas viagens domésticas correspondeu a 30,9 euros e nas internacionais traduziu-se em 63,0 euros.
Em 2017, as viagens turísticas realizadas por portugueses geraram mais de 85,4 milhões de dormidas, numa subida de 4,6% face a 2016. Deste total, 80% ocorreu em Portugal, refletindo uma subida de 2,3% (+3,4% em 2016).
As dormidas no estrangeiro registaram um significativo crescimento (+15,2%; -4,7% em 2016), totalizando 17,1 milhões de dormidas.
O "alojamento fornecido gratuitamente por familiares ou amigos" atingiu as 39,6 milhões de dormidas, ou seja 46,4% do total (45,6% em 2016), tendo sido o preferido nas viagens ao estrangeiro (40,9%) e nas deslocações domésticas (47,7%).
Relativamente a deslocações de excursionismo (viagens de um só dia, sem dormida) efetuadas pelos residentes, em 2017 efetuaram-se 118,8 milhões deslocações (115,2 milhões em 2016), das quais 93,8% por motivos pessoais e as restantes por motivos profissionais.
Segundo o Inquérito às Deslocações dos Residentes, em 2017, 4,58 milhões de residentes em Portugal efetuaram, pelo menos, uma deslocação com dormida fora do seu ambiente habitual, ou seja, o correspondente a 44,5% da população residente (44,1% em 2016).
O documento mostra que 32,5% de residentes deslocou-se apenas dentro de Portugal e 4,9% dos turistas efetuaram apenas viagens ao estrangeiro. Já 7,1% deslocaram-se quer dentro do país, quer para fora.
No ano passado, houve 21,2 milhões deslocações turísticas, numa subida de 5% (após +5,4% em 2016), com o número de deslocações dentro do país a ser de 19 milhões (+4,1%, após +5,7% em 2016), valor que representou 89,6% do total.
As deslocações para o estrangeiro foram 2,2 milhões (+13,1%, após +2,5% em 2016).
No ano passado, a proporção de turistas do sexo feminino foi 52,7%, o que coincide com o total da população residente, enquanto os homens estão entre os que se deslocaram mais por motivos "profissionais ou de negócios" (57,6%). As mulheres predominaram nos restantes motivos: 54,7% em "visita a familiares ou amigos", 62% nas deslocações por motivos de "saúde" e 62,6% por "religião".
Em 2017, a região Centro continuou a captar o maior número das viagens dos residentes (5,7 milhões), cabendo-lhe 30% do total e com o principal motivo de "visita a familiares e amigos" (53,6%).
Os portugueses viajaram, sobretudo, no terceiro trimestre e o automóvel representou 81,1% do total das viagens.
Cada viagem durou, em média 4,03 noites (4,05 em 2016), com as deslocações ao estrangeiro a apresentaram uma duração média de 7,8 noites (7,6 em 2016) e as viagens domésticas 3,6 noites (tal como em 2016).
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