Associação de Construção prevê novo fôlego obras públicas

| Economia
Porto Canal / Agências

Lisboa, 28 jan (Lusa) -- O presidente da Associação dos Industriais da Construção Civil e Obras Públicas, Reis Campos, considerou hoje que o setor da construção vai ganhar um "novo fôlego após a divulgação do relatório que define obras públicas prioritárias.

Em declarações à agência Lusa, o presidente da Associação dos Industriais da Construção Civil e Obras Públicas do Norte disse que o setor vai ganhar um "novo fôlego" com a dinamização dos projetos prioritários, salientando que o "Governo deve construir rapidamente uma estratégia e decidir o que o país precisa" para ser mais competitivo e crescer.

"Neste momento, é hora de o Governo tomar uma decisão, aproveitando dinheiros colocados à disposição pela Comissão Europeia e dinamizar um setor que esteve parado e teve como consequência a crise no emprego", afirmou Reis Campos.

O Governo recebeu na segunda-feira um relatório efetuado pelo grupo de trabalho para as infraestruturas de elevado valor, liderado pelo presidente da Associação Industrial Portuguesa, José Eduardo de Carvalho, que define a construção e expansão de portos e de ferrovias como prioridades para o investimento em obras públicas até 2020.

Reis Campos lembrou que o setor da construção e imobiliário perdeu nos últimos dois anos 26 mil empresas e 270 mil trabalhadores.

"É uma altura boa que o país possa definir essas prioridades, que construa um plano estratégico para os próximos sete anos", sublinhou.

Reis Campos salientou ainda que o trabalho desenvolvido pelo grupo de trabalho (composto por entidades públicas e privadas, do qual a associação faz parte) deu um passo muito importante e o Governo deve agora tomar as decisões necessárias e preparar adequadamente o novo Quadro de Referência Estratégica Nacional (QREN).

No documento, o grupo de trabalho define 30 projetos prioritários, entre os quais se destacam a expansão do porto de Sines, a construção de um terminal de águas profundas em Lisboa e a modernização da linha do norte, refere a imprensa de hoje.

A conclusão do túnel do Marão e a abertura de um novo terminal de carga no aeroporto de Lisboa são outros dos projetos escolhidos entre uma lista prévia de 238 potenciais investimentos indicados pelo Governo.

O documento, que entra em debate público na quarta-feira, define um total de 30 projetos prioritários para os próximos seis anos, num investimento global de 5.103,8 milhões de euros.

Do conjunto de projetos apresentado, 18 estão ligados ao setor marítimo, oito ao ferroviário, dois ao rodoviário e outros dois ao aeroportuário.

O grupo de trabalho aponta como financiamento prioritário os projetos os fundos comunitários (61%, ou seja 3.132 milhões de euros), depois o Estado (que ficaria responsável por 1.428,1 milhões de euros), e apenas 543,6 milhões seriam avançados por privados.

DD (PMC/ASP)// HB

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