MNE espera que europeias de 2019 sejam "derrota do populismo"

| Política
Porto Canal com Lusa

Lisboa, 23 jul (Lusa) -- O ministro dos Negócios Estrangeiros português, Augusto Santos Silva, considerou hoje preocupante que a extrema-direita "possa estar a crescer" na Europa, mas disse acreditar que as próximas eleições europeias, em maio de 2019, representarão "uma derrota do populismo".

O chefe da diplomacia portuguesa comentava a informação de que Steve Bannon, antigo conselheiro do Presidente norte-americano, Donald Trump, pretende criar uma fundação, com sede em Bruxelas, para liderar uma revolta populista de direita na Europa.

"O que é preocupante não é que haja uma fundação ou que o senhor Steve Bannon esteja envolvido com a extrema-direita europeia, toda a gente sabia isso", considerou hoje Santos Silva, falando à margem do 3.º encontro da rede de ensino português no estrangeiro, a decorrer hoje em Lisboa.

Para o ministro português, "o que é preocupante é haver extrema-direita na Europa e que essa extrema-direita na Europa possa estar a crescer, do ponto de vista da sua influência política, social ou eleitoral".

O governante defende que "só há uma maneira de contrariar" este fenómeno: "É combatê-lo".

"Estou certo que os partidos democráticos europeus, designadamente aqueles que estão hoje representados no Grupo Popular Europeu, no Grupo dos Socialistas e Democratas, no Grupo dos Liberais, no Grupo dos Verdes, e outros, saibam conduzir a campanha, designadamente para as próximas eleições europeias, de forma a que essas eleições sejam uma derrota do populismo, da xenofobia, da extrema-direita, daqueles que querem destruir a União Europeia e seja uma vitória das forças que acham, e bem, que a União Europeia é a melhor realização até agora vista na história do nosso continente", salientou.

A fundação de Bannon vai chamar-se "O Movimento" e terá como objetivo aumentar a visibilidade e estimular o crescimento dos partidos de extrema-direita, oferecendo serviços como sondagens ou aconselhamento de propaganda.

Próximo da extrema-direita norte-americana, Steve Bannon colocou as eleições europeias de 2019 como primeiro objetivo, com o objetivo de formar um "supergrupo" de direita radical, reunindo cerca de um terço dos eurodeputados.

A reeleição de Viktor Orban à frente do Governo húngaro ou a chegada ao poder em Itália do movimento de extrema-direita Liga serviram como galvanizador do projeto de Bannon.

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