TAP admite que greve dos controladores vai perturbar voos e alerta para atrasos
Porto Canal / Agências
Lisboa, 27 jan (Lusa) - A TAP afirmou hoje que a greve dos controladores aéreos, agendada para quarta-feira, vai "perturbar a normal operação" da companhia aérea e alertou para a possibilidade de atrasos, garantindo que está a trabalhar na reprogramação dos voos afetados.
Os controladores de tráfego aéreo vão fazer uma greve parcial na quarta-feira, no âmbito de uma ação de luta internacional. A paralisação decorrerá em dois períodos de duas horas cada um: entre as 07:00 e as 09:00 e entre as 14:00 e as 16:00.
Numa informação hoje divulgada, a TAP refere que "esta paralisação vai perturbar a normal operação" para os destinos internacionais, estando assegurada a realização dos voos domésticos, incluindo Açores e Madeira.
"A companhia está a trabalhar ativamente na reprogramação dos seus voos que vão ser afetados, de forma a garantir que todos os passageiros com viagens marcadas para esse dia realizem as suas viagens", refere ainda a companhia aérea.
A TAP afirma que,"sendo alheia a esta greve (...) lamenta as suas consequências e apresenta desde já um pedido de desculpas aos seus clientes por qualquer inconveniente verificado".
Além dos controladores aéreos, também os sindicatos representativos dos restantes trabalhadores da NAV Portugal - Informação e Comunicações Aeronáuticas, Engenharia, Sistemas e Manutenção e restantes funções de apoio operacional e administrativo - decidiram convocar uma greve de duas horas na quinta-feira, que vai decorrer entre as 13:00 e as 15:00.
A Federação Europeia dos Sindicatos de Controladores de Tráfego Aéreo (ATCEUC) e a Federação Europeia dos Trabalhadores dos Transportes (ETF) convocaram para quarta e quinta-feira jornadas de luta que, segundo o comunicado sindical, "terão um significativo impacto nas normais operações do tráfego aéreo europeu".
Na origem do protesto está "a quebra de compromissos assumidos em outubro pela Comissão Europeia quanto à possibilidade de integrar nas suas mais recentes propostas as posições das organizações sindicais".
"Contra todas as opiniões das partes envolvidas - empresas prestadoras de navegação aérea, Estados-membros e sindicatos - a Comissão Europeia insiste em apresentar soluções quanto ao chamado SES2+ (Céu Único Europeu 2+) e aos objetivos de desempenho 2015-2019 que conduzirão à desagregação das empresas, a uma inexorável degradação das condições de segurança e qualidade do serviço prestado", diz o comunicado dos representantes dos trabalhadores.
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