Confederação Europeia de Sindicatos exige "reformulação substancial" dos programas de austeridade
Porto Canal / Agências
Bruxelas, 27 jan (Lusa)- A Confederação Europeia de Sindicatos acusou hoje a 'troika' de desrespeitar o diálogo social nos países sob resgate, como Portugal, Grécia e Irlanda, e defendeu uma reformulação substancial dos programas de austeridade.
Numa audição no Parlamento Europeu, em Bruxelas, a Confederação Europeia de Sindicatos apresentou um relatório próprio de avaliação ao desempenho da 'troika' (Comissão Europeia, Banco Central Europeu e Fundo Monetário Internacional) em países como Chipre, Grécia, Irlanda e Portugal.
No documento, a Confederação critica o que diz ser uma política baseada nos pilares da "enorme austeridade fiscal" e da "desregulação da composição salarial e da negociação coletiva", que tiveram "consequências sérias" a nível social e económico.
"Exigimos alterações substanciais aos programas existentes e mecanismos que assegurem que as políticas de austeridade e de desregulação não possam repetir-se no futuro", pode ler-se no comunicado.
A Confederação Europeia de Sindicatos considera ainda que no plano político, a 'troika' não respeitou o diálogo social e submeteu os países, "com governos eleitos", a uma lista de exigências.
"No final, estas políticas revelaram-se incapazes de suster o aumento da dívida pública e de normalizar os canais de financiamento, com as taxas de juro a níveis muitos elevados", critica a organização.
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