Adesão à greve dos técnicos de diagnóstico ronda os 50% no Algarve
Porto Canal com Lusa
A greve desta sexta-feira dos técnicos de diagnóstico e terapêutica “não está a ter grande adesão” nas unidades de saúde do Algarve, situando-se na ordem dos 50%, disse à Lusa o coordenador regional do sindicato.
De acordo com João Barnabé, do Sindicato dos Trabalhadores da Administração Pública e de Entidades com Fins Públicos (SINTAP), os valores recolhidos no turno da manhã mostram que os profissionais em greve “rondam os 50%, não havendo constrangimentos nos serviços” nas unidades de saúde do Algarve.
“Ao contrário da anterior paralisação [a 22 de junho], os números de hoje indicam uma menor percentagem de adesão à greve”, indicou João Barnabé.
Segundo o sindicalista, estão a ser garantidos os serviços mínimos, alguns dos quais com trabalhadores que manifestaram a intenção de aderir à paralisação”.
Por seu turno, o presidente do Sindicato Nacional dos Técnicos Superiores de Saúde das Áreas do Diagnóstico e Terapêutica, Luís Dupont, indicou à Lusa que a adesão à greve dos técnicos de diagnóstico ronda os 80% a nível nacional.
Segundo o responsável, os primeiros valores recolhidos apontam para uma adesão semelhante à anterior paralisação, podendo haver hoje algumas oscilações, uma vez que há já vários trabalhadores em gozo de férias.
Os técnicos de diagnóstico e terapêutica iniciaram hoje às 00:00 uma greve de 24 horas, reclamando uma revisão da carreira e questões ligadas à tabela salarial e à progressão na carreira.
Segundo um dos sindicatos que convocou a greve, representantes dos trabalhadores estiveram reunidos este mês com o Ministério da Saúde, mas não houve apresentação de qualquer proposta concreta para responder às reivindicações dos profissionais.
A paralisação de 24 horas deve afetar análises clínicas, meios complementares de diagnóstico e alguns tratamentos, sobretudo nos hospitais.
Os profissionais estão também, desde o dia 01 de julho, a cumprir greve ao trabalho prestado além do período normal de trabalho.
Os quatro sindicatos que convocam a paralisação nacional de hoje exigem uma tabela salarial que respeite as suas habilitações profissionais e ainda outras matérias que respeitam às transições para nova carreira e ao sistema de avaliação, bem como à contagem do tempo de serviço.