China vinca compromisso com desnuclearização norte-coreana

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Porto Canal com Lusa

Pequim, 13 jul (Lusa) - Um responsável chinês reafirmou hoje o compromisso de Pequim com a desnuclearização da península coreana, depois de o Presidente norte-americano, Donald Trump, ter sugerido que a China poderá interferir nas conversações entre Pyongyang e Washington.

O vice-ministro dos Negócios Estrangeiros chinês, Kong Xuanyou, disse em conferência de imprensa que a China e os EUA têm "mantido uma comunicação e coordenação próximas" na questão da península coreana.

Ao reconhecer que "não vai ser um processo fácil", Kong disse acreditar que se o diálogo for sincero e feito com base no respeito mútuo e igualdade, "todas as questões encontrarão resposta".

Na segunda-feira, Trump escreveu na rede social Twitter que a China "talvez esteja a exercer pressão negativa" sobre a Coreia do Norte, devido às crescentes disputas comerciais com os EUA, acrescentando: "espero que não!".

Washington e Pequim entraram numa guerra comercial, à medida que a Casa Branca adota taxas alfandegárias sobre parte das importações chinesas e a China retalia com taxas sobre vários produtos norte-americanos.

Entretanto, o porta-voz da Administração-Geral das Alfândegas da China, Huang Songping, garantiu que Pequim "está a implementar consistentemente" as sanções impostas pelo Conselho de Segurança da ONU contra a Coreia do Norte, relativamente ao programa nuclear e de mísseis.

De acordo com os últimos dados oficiais, as importações chinesas oriundas da Coreia do Norte caíram 92,6%, em junho, em relação ao mesmo mês do ano passado. As exportações de petróleo e de outros bens, da China para a Coreia do Norte, recuaram 40,6%, durante o mesmo período.

As alfândegas chinesas não indicaram os valores envolvidos nas trocas comerciais entre os dois países em junho, e divulgaram apenas as variações homólogas.

A China fornece quase todo o petróleo consumido pela Coreia do Norte, mas impôs limites nas exportações de crude para o país e baniu as importações de têxteis, marisco e carvão norte-coreanos, reduzindo as receitas do regime de Kim Jong-un.

Pequim é o maior aliado diplomático de Pyongyang. No entanto, apoiou as sanções da ONU contra o país, consciente de que este representa cada vez mais uma fonte de tensão regional.

A China encerrou ainda restaurantes e outros negócios geridos pelo Governo norte-coreano no país e que constituíam uma importante fonte de receitas.

Nos primeiros seis meses do ano, as importações chinesas da Coreia do Norte caíram 88,7%, relativamente ao mesmo período de 2017, para 690 milhões de yuan (88 milhões de euros). As exportações recuaram 43,1%, para 6,4 mil milhões de yuan (823 milhões de euros).

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