Dragagem reclamada no porto de pesca da Póvoa de Varzim avança a partir de Maio
Porto Canal / Agências
Póvoa de Varzim, 27 jan (Lusa) - A barra do porto de pesca da Póvoa de Varzim vai ser alvo de profunda operação de dragagem de forma a solucionar o problema de assoreamento, que se arrasta há vários anos e que tem condicionado a navegabilidade.
A informação foi adiantada pelo presidente da Câmara, Aires Pereira, que citou informações do Governo e acrescentou que em breve avançará o concurso público para a intervenção, a fim de as operações arrancarem a partir do mês de maio.
"Depois de ter falado com secretário de Estado do Mar e com o novo diretor-geral da Atividade Portuária, sei que está a ser preparado o concurso para se avançar com uma dragagem de grande escala que vai colocar o porto às quotas do projeto inicial e resolver o assoreamento", disse o autarca.
Aires Pereira lembrou que, atualmente, "a barra da Póvoa está frequentemente bloqueada porque não aguenta a acumulação das areias, o que impede a navegação". Mas com esta intervenção agendada "a situação pode ficar resolvida, apesar de continuar a precisar de manutenção", disse.
"Nunca será uma solução definitiva, até porque este é um porto artificial. Mas com esta intervenção de fundo bastarão, depois, pequenas dragagens anuais para manter a barra desassoreada, algo que nos últimos anos não aconteceu, por desleixo da administração central", afirmou o autarca.
O presidente da Câmara Municipal considerou que resolver o problema do assoreamento no porto da pesca da Póvoa de Varzim é fundamental para economia da região.
"Este porto de pesca, a classe piscatória, e a marina que existe no local, merecem esta intervenção pois contribuem muito para a atividade económica. Não podemos continuar a dizer que o mar é um dos nossos destinos e não fazer nada para facilitar o acesso a ele", vincou o autarca.
O problema da acumulação de areias na entrada do porto de pesca da Póvoa de Varzim arrasta-se há vários anos e as dragagens de emergência entretanto feitas apenas serviram para dotar o equipamento de alguma segurança para as embarcações, mas nunca foram uma solução definitiva.
Nos meses de inverno é frequente navegabilidade não ser autorizada por longos períodos, com consequentes prejuízos para a grande comunidade piscatória local.
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