"Os Verdes" questionam Governo sobre obras do gasoduto Mangualde/Guarda

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Porto Canal / Agências

Guarda, 24 jan (Lusa) - A deputada do grupo parlamentar "Os Verdes", Heloísa Apolónia, questionou hoje o Governo sobre as obras de construção do gasoduto Mangualde/Celorico da Beira/Guarda, que têm tido "implicações graves" ao nível dos solos.

A deputada refere na pergunta, que entregou na Assembleia da República, dirigida do Ministério do Ambiente, do Ordenamento do Território e da Energia, que as obras de construção do gasoduto "têm tido implicações graves ao nível dos solos e também consequências no assoreamento do rio Mondego".

"Os Verdes" referem que o grupo parlamentar recebeu uma denúncia de proprietários de uma parcela de terreno em Celorico da Beira, onde se encontrava uma horta biológica de plantas aromáticas e medicinais e destinado a um projeto de instalação de jovem agricultor, que foi alterado com a realização das obras.

"Através de registo fotográfico, é possível perceber a diferença do aspeto e características do solo do terreno antes do início das obras do gasoduto, as quais tiveram início em novembro de 2012, e atualmente, depois de decorrido cerca de um ano do início das obras", é referido.

O partido afirma que "é chocante ver essa diferença: os sulcos de erosão, as fissuras enormes, que chegam aos 80 centímetros de profundidade, provocados designadamente pela compactação do solo e pela ausência de vegetação".

"Um solo outrora fértil torna-se, por via da obra em causa, infértil, repleto de pedra que emergiu das camadas mais profundas para superfície. Para além disto, as pessoas queixam-se do ruído, do corte de abastecimento de água e da deterioração da sua qualidade", denuncia Heloísa Apolónia no documento a que a agência Lusa teve acesso.

A consequência no assoreamento do rio Mondego "é outra preocupação evidente" para "Os Verdes", que perguntam ao Ministério do Ambiente, do Ordenamento do Território e da Energia se tem "conhecimento" da situação descrita.

"Confirma o Ministério a degradação de solo que acima foi descrita? Confirma o Ministério problemas de assoreamento do rio Mondego, decorrentes desta obra?", pergunta Heloísa Apolónia.

A deputada também quer saber "como se tem procedido à monitorização das medidas de minimização inscritas na Declaração de Impacto Ambiental favorável condicionada relativa ao projeto/da obra em causa", "o que tem concluído essa monitorização" e para quando está prevista a conclusão da obra.

"Que custos terá a recuperação de solos para cultivo (das parcelas de terreno implicados no gasoduto)? Quem assegurará esses custos?", são outras das questões levantadas por "Os Verdes".

ASR // SSS

Lusa/fim

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