Raize avança com venda de ações e entra em bolsa em 18 de julho

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Porto Canal com Lusa

Lisboa, 15 jun (Lusa) -- A Raize vai passar a estar cotada em bolsa em julho, informou hoje a empresa portuguesa, que arranca já na segunda-feira com a venda de 15% das suas ações.

Esta Oferta Pública de Venda Inicial (OPV), que decorre de 18 de junho a 12 de julho, destina-se quer a clientes particulares quer a institucionais, sendo disponibilizadas 750 mil ações representativas de 15% do capital social.

Cada ação tem o preço fixo de dois euros, pelo que a oferta inicial é de 1,5 milhões de euros.

No total, a empresa que gere uma plataforma de empréstimos a micro e pequenas empresas avalia-se em 10 milhões de euros (tendo em conta que é constituída por cinco milhões de ações representativas do capital social e cada uma é avaliada por si em dois euros).

Nesta operação, um investidor que queira participar tem de comprar no mínimo 100 euros, ou seja, pelo menos 50 ações.

Caso a procura seja superior à oferta haverá rateio, sendo que a empresa diz que inicialmente será aplicado "apenas a ordens de valor superior a mil euros, com o objetivo de promover um valor mínimo para os pequenos investidores e com isso garantir uma maior diversificação da base acionista da empresa".

Esta operação é colocada por um sindicato bancário integrado pelo Haitong Bank (ex-BES Investimento), o coordenador, ActivoBank e Banco BEST.

Os resultados serão apurados pelo Haitong Bank e divulgados em 13 de julho.

Já em 18 de julho a empresa entra em bolsa, depois de a sua admissão já ter sido aprovada pela Euronext.

Haverá depois dessa data uma nova oferta de ações, em que os atuais acionistas irão colocar mais 10% do capital social da empresa à venda durante um período de seis meses, numa medida que diz a empresa "visa reforçar ma liquidez da ação e diversificar mais a base acionista".

O objetivo é que a empresa fique com 25% do seu capital social disperso em bolsa.

A Raize é uma 'fintech' (empresa tecnológica de serviços financeiros) que gere uma plataforma em que particulares emprestam diretamente às empresas, segundo a própria, tendo já sido emprestados mais de 13 milhões de euros em mais de 700 operações de empréstimos a Pequenas e Médias Empresas (PME).

Atualmente, os acionistas da Raize são os seus fundadores - Afonso Eça e José Maria Rego (administradores da empresa ambos, cada um com cerca de 30% das ações, segundo o documento informativo da oferta), António Marques (3% das ações) -, sociedades ligadas às famílias Champalimaud e Salvador Caetano e o empresário Luís Delgado, que recentemente adquiriu as revistas que pertenciam ao grupo Impresa, como a Visão.

Em 2017, a Raize teve quase 21 mil euros de prejuízos, melhor do que os quase 63 mil euros de prejuízos de 2016. A empresa tinha sete trabalhadores no final do ano passado, incluindo dois nos órgãos de gestão.

A Raize opera como instituição de pagamentos, supervisionada pelo Banco de Portugal.

No seu 'site' na Internet a empresa explica como podem os particulares e as empresas participar nesta plataforma.

Quanto às empresas, a Raize diz que faz estudos gratuitos sobre a situação da companhia interessada em obter financiamento sendo que o empréstimo tem taxas de juro mensais.

A Raize afirma que concede empréstimos "sem exigir garantias reais aos sócios e acionistas", uma vez que acredita "que as boas empresas devem ser livres para realizar os seus investimentos" com base na sua gestão "e não no património dos sócios e acionistas".

Já aos investidores não são cobradas quaisquer comissões para investir através da plataforma e estes podem escolher as empresas a que querem emprestar o seu dinheiro, podendo ser várias ao mesmo tempo, assim como o montante e a taxa de juro.

O montante a investir pode ser a partir de 20 euros por empresa.

IM // MSF

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