Grandes plataformas de gelo do mundo atacadas por baixo e por cima

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Porto Canal com Lusa

Redação, 13 jun (Lusa) -- As grandes plataformas de gelo do mundo podem estar a ser afetadas pelo aumento das temperaturas do ar mas também pelo da água do mar, alertam investigadores, que consideram os dados "preocupantes".

A investigação, de equipas das universidades do Texas, nos Estados Unidos, e de Waterloo, no Canadá, é publicada hoje na revista Science Advances.

Nela explica-se que as águas quentes dos oceanos se infiltram em canais sob as calotes polares e aumentam as possibilidades de grandes pedaços de gelo se desprenderem, como aconteceu em 2016, quando um grande bloco de gelo com mais de seis mil quilómetros quadrados se desprendeu.

A separação aconteceu entre os dias 10 e 12 de julho e os cientistas não tiveram uma explicação, admitindo que pudesse ter sido a água que ao derreter no verão se infiltrasse por pequenas fendas, funcionando como uma cunha.

O que o estudo diz agora é que essas fraturas podem também acontecer a partir do fundo e que com o aumento das temperaturas podem acontecer muitos casos "catastróficos" de perda de gelo.

"Estamos a aprender que as plataformas de gelo são mais vulneráveis ao aumento das temperaturas do oceano e do ar do que pensávamos", disse Christine Dow, da Universidade de Waterloo e principal autora do estudo. E acrescentou: "Há dois processos a acontecer, um que está a desestabilizar a partir de baixo e outro a partir de cima".

A informação, disse a responsável, pode ter impacto nas previsões sobre o colapso das plataformas de gelo e sobre o aumento dos níveis da água do mar devido às alterações climáticas. E tem especial significado na Antártida, onde os cientistas reportam grandes perdas de gelo anualmente.

Um estudo de uma equipa alargada de 84 cientistas, publicado hoje num número especial da revista Nature, indica que até 2012 a Antártida perdia 76 mil milhões de toneladas de gelo por ano e que depois disso passou a perder 219 mil milhões.

Nas contas dos cientistas só a perda de gelo na Antártida fez com que a água do mar subisse 7,6 milímetros desde 1992. Atualmente, a manterem-se os mesmos níveis de perda de gelo, a Antártida está a contribuir para a subida do nível da água do mar em seis milímetros por ano.

FP // JMR

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